Sebrae Pará leva obras de cinco artistas paraenses que exaltam a Amazônia para exposição em Dubai
Rose Maiorana, Tarso Sarraf, Sebá Tajapós, And Santos e Regilane Guajajara são os artistas que terão obras expostas na “Exposição Em Cores”
No cenário internacional, a cultura amazônia ganhará destaque com a iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Pará, que levará no mês de dezembro a “Exposição Em Cores” para a COP 28 em Dubai. Com o intuito de apresentar a diversidade cultural e pluralidade da Amazônia, a mostra contará com obras de cinco artistas paraenses, entre eles a artista plástica Rose Maiorana e o fotógrafo Tarso Sarraf, que juntas trazem criações com intervenções artísticas de Rose provenientes da exposição “Amazônia Líquida”.
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O projeto, organizado pelo Sebrae Pará, envolve uma seleção de 10 obras, entre telas, fotografias, registros de tela e impressões digitais. O primeiro contato com as criações artísticas será em um jantar exclusivo nos Emirados Árabes, no dia 6 de dezembro, oferecendo aos presentes uma imersão na riqueza visual e cultural da Amazônia.
Segundo Sebá Tapajós, curador do projeto e um dos artistas, a motivação por trás da escolha dos artistas que farão parte da mostra foi pensando em destacar a representatividade e a pluralidade da região. “Pensei em pessoas que tenham obras relevantes para o cenário atual, que estejam em ênfase com exposições, trabalhando e falando sobre a Amazônia contemporânea, a Amazônia rural e a Amazônia Urbana. É bem amplo”, acrescentou.
Sobre o convite estendido a Rose e Sarraf, Sebá destacou a relevância da exposição “Amazônia Líquida”, que se tornou itinerante, percorrendo São Paulo, Belém e cidades no exterior. “Agregar essa dupla à mostra é muito relevante porque eles estão entre pessoas que estão há muito tempo trabalhando [com a temática da Amazônia] e tem um trabalho significativo”, reiterou o curador.
Já o artista das artes visuais And Santos, que também é integrante da exposição, traz um olhar singular sobre a cultura popular e folclórica das danças tradicionais amazônicas, como pontuou Tajapós. Sebá, que além de curador, participa ativamente da mostra, sendo idealizador da primeira galeria fluvial do mundo na Amazônia, destaca a transformação que essa iniciativa trouxe para a região, dando voz aos ribeirinhos: “Hoje nós temos um balneário que precisa ser olhado e dar essa voz é muito importante. Eu acho importante esse trabalho de militância que eu tenho feito dos povos ribeirinhos para os povos ribeirinhos”.
A inclusão da artista indígena Regilane Guajajara acrescenta uma dimensão única à exposição. Com seu trabalho em grafismo da etnia Guajajara, ela carrega consigo não apenas obras de arte, mas também uma mensagem poderosa sobre força, sabedoria e ancestralidade. “É abrir caminho para uma região muito rica e linda. O Norte do Brasil tem coisas muito conectadas, a cultura indígena que é único e é nosso”, finalizou.
Planos para destacar a riqueza cultural da região
O Diretor Superintendente, Rubens Magno Júnior, afirmou que estava empolgado com a oportunidade de levar riqueza artística da Amazônia. Segundo ele, o Sebrae Pará não só terá mesas e centro de debates na programação oficial da COP 28, mas também buscará oportunidades além dos limites do evento principal.
“Uma delas é de levar as obras de artistas amazônicos para apresentarmos na COP 28 em eventos à margem da COP, mas também existentes em paralelos. Nós faremos juntos aos parceiros um evento de lançamento da COP 30, em que o Governador também estará conosco”, compartilhou. “Nosso principal objetivo é mostrar a pluralidade da Amazônia, a arte, e também a sensibilidade desses artistas da região”, complementou.
Ao abordar o tema central da COP 28, as mudanças climáticas, Rubens Magno destaca a importância de trazer o olhar e a voz dos artistas amazônicos para Dubai. Ele ressalta que o evento é uma oportunidade de não apenas mostrar a sensibilidade e a realidade da Amazônia, mas também de reforçar a mensagem de que na região existem "amazônidas que cuidam da Amazônia, que cuidam do meio ambiente."
O objetivo da mostra vai além da exposição artística; é chamar a atenção do mundo para a Amazônia. Rubens Magno expressa o desejo de que as pessoas, ao admirar as obras e conhecer os artistas, reconheçam a diversidade e singularidade da região.
“O que nós queremos é chamar a atenção do mundo. Para que essas pessoas em 2025, possam, além de, saberem através da arte e dos artistas que aqui tem uma diversidade de coisas interessantes, que estamos preparando a nossa região receber visitantes, que essas pessoas possam ter experiências extraordinárias”, concluiu o diretor superintende.
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