Conhecimento de arte de Oficinas do Curro Velho e Casa da Linguagem muda vida de jovens
Oficinas do Curro Velho e Casa da Linguagem atendem milhares de jovens
A arte aliada a educação muda a vida de jovens da Vila da Barca. As oficinas de diferentes artes do Curro Velho, na Professor Nelson Ribeiro, no bairro do Telégrafo, ocorrem desde 1991, atendendo crianças e jovens que aprendem desenho, pintura, a tocar instrumentos musicais e outros conhecimentos.
Um dos jovens que mudou de vida foi Paulo Serra, conhecido como o ilustrador Paulo Pensador, de 38 anos. Após conhecer o Curro Velho com 12 anos, tempos depois Paulo teve a vida mudada pela instituição quando começou a conhecer as artes cênicas e depois as artes plásticas.
“O Curro Velho é muito importante. Aquele espaço é muito importante para toda a comunidade em volta. Eu nasci na Vila da Barca”, determina Paulo. Ele lembra que nos anos 90 chegou a se envolver com gangues, ainda um menino, e foi a educação artística que recebeu no Curro Velho que mudou para sempre sua trajetória. “Para a mim a importância o Curro é principalmente para apresentar algo novo para a gente quando criança. Mostra que temos outros caminhos e oportunidades, que existem outras escolhas. Até então só tinha uma opção, e chegar na Fundação Curro Velho me abriu um leque de coisas que poderia escolher e seguir. Sou cria do Curro Velho”, diz com orgulho.
Atualmente, Paulo Pensador é um dos vários instrutores que vão ministrar 44 oficinas neste ano. A Fundação Cultural do Pará (FCP) abrirá a partir da próxima terça-feira (27) inscrições para o primeiro ciclo de oficinas de 2024. Os interessados podem se inscrever presencialmente, nas sedes do Núcleo de Oficinas Curro Velho e da Casa da Linguagem. Mais informações estão disponíveis no site da FCP.
As atividades serão realizadas entre os dias 11 de março e 1º de abril abordando diversas formas de expressão artística e cultural. Os participantes terão a oportunidade de explorar desde artes visuais até linguagem musical, passando por artes cênicas e fotografia. Há opções para crianças, jovens, adultos e idosos, além de oficinas inclusivas que promovem a sociabilidade.
O diretor de oficinas da FCP Andrei Miralha ressalta que as oficinas permitem aos jovens descobrir tanto formas de se expressar, quanto também encontrar profissões. “Essas pessoas vão se desenvolvendo e encontram ali um caminho novo para seguir. A gente não fecha um processo de formação, a gente abre ele. É uma porta de entrada para as artes, e algo se transforma a partir dali. Depois as pessoas vão atras de mais conhecimento, desperta para outros cursos. A gente vê muitas histórias interessantes, gente que chegou ali participou como aluno e hoje volta como instrutor nesse módulo que vamos iniciar agora”, detalha.
Andrei adianta que neste ano as oficinas da Fundação Cultural do Pará (FCP) serão realizadas nas quatro regiões do Estado do Pará nos próximos meses. A FCP divulgará o calendário de oficinas no restante do Estado.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA