Círio 2022: Eloi Iglesias fala sobre o retorno da 'Festa da Chiquita'

Celebração reúne arte, diversidade e ideais durante uma das maiores procissões do Brasil

Thainá Dias

Festa de resistência, diversidade, amor, ideais, todas as definições de igualdade podem ser expressas durante a “Festa da Chiquita”, uma celebração que acontece todo mês de outubro em Belém do Pará, durante a caminhada da trasladação do Círio de Nazaré, uma das maiores procissões católicas do Brasil. Coordenada pelo multiartista Eloi Iglesias, a edição deste ano marca um grande reencontro das pessoas e das artes que permeiam a fé em Belém. A festa será realizada na Praça da República, nas mediações do Theatro da Paz, onde ela foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial e começa logo após a passagem da Berlinda no local.

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Segundo o coordenador da festa, Eloi Iglesias, “este ano, teremos algumas premiações como novidade, de pessoas que trabalham na área da psicologia, dos direitos humanos. Vamos abranger uma área maior, o público pode esperar muita alegria, drags cantoras, carimbo. Vamos ter participação do seguimento afro religioso também, devemos fazer um momento onde os movimentos sociais vão pedir benção a Nossa Senhora de Nazaré, pediremos paz, respeito para as nossas diferenças, além da nossa luta de sempre pela igualdade. Essa é uma das novidades que teremos, esse ano vamos pontuar isso com uma força maior na passagem da santa”, afirmou.

Eloi ressaltou ainda que nesta edição, estão todos ansiosos para o reencontro. “Será aquele encontro de ideias, amores, as pessoas querem mostrar sua arte. O nosso tema esse ano é ‘Das cinzas a luz’, vamos mostrar que podemos estar sempre na luz. É um momento em que vamos discutir o amor, a paz e todas as bênçãos que também temos direito de receber. Com um gostinho ainda mais especial pois teremos a participação da drag brasileira Salete Campari”, concluiu.  

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A Festa da Chiquita nasceu em 1978 voltado para pessoas gays, travestis e agregados, ou seja os heterossexuais de várias idades que também frequentavam, número que hoje em dia aumentou ainda mais. Com 44 anos de tradição, a Festa da Chiquita foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do estado do Pará, de acordo com a Lei n° 9.025, de 17 de março de 2020. O evento já foi palco de diversas apresentações e manifestações, sempre destacando artistas paraenses e LGBTQIA+.

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