Último vídeo de Marília Mendonça é usado por ex-funcionário em processo contra empresa de táxi aéreo
O trabalhador ficou com uma cicatriz após acidente de trabalho e alega que prestava serviços sem equipamentos de proteção. PEC Táxi Aéreo disse que fornecia e fiscalizava o uso de EPI.
O último vídeo de Marília Mendonça antes de morrer, onde ela aparece entrando no avião que caiu, virou prova em um processo judicial. Cristiano Rodrigues, um ex-funcionário da empresa dona da aeronave envolvida na morte de Marília, e outras quatro pessoas, recorreram à gravação para mostrar que ele não utilizava equipamentos de segurança quando trabalhava como coordenador de voo na companhia. O ex-funcionário pede indenização após sofrer um acidente que o deixou com uma cicatriz na testa.
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O acidente com Cristiano Rodrigues ocorreu em março de 2021, em que ele acabou ficando com uma cicatriz na testa. Segundo o processo, o homem trabalhou entre agosto de 2020 e fevereiro de 2022. Ele era responsável por coordenar a movimentação das aeronaves da empresa, solicitar abastecimentos e verificar escalas de pilotos e tripulação.
No entanto, Cristiano afirma que acumulava outras funções, sem receber mais pelo trabalho. Entre essas atividades, estava o serviço de recebimento da aeronave. Então, ele precisava retirar a fonte externa de energia, passando por baixo do avião sem utilizar equipamento de proteção individual, o que acabou resultando em um acidente. O processo não especifica quais os equipamentos de proteção que deveriam estar sendo utilizados no momento do acidente.
Durante o processo, a PEC Táxi Aéreo, negou que houvesse acúmulo de trabalho e afirmou que todos os equipamentos de proteção eram dados e o uso deles, cobrado. Para provar, a empresa anexou fotos que mostram funcionários posando usando os itens de segurança.
Para rebater a alegação da empresa e provar as declarações feitas, Cristiano anexou um vídeo postado na rede social de Marília Mendonça momentos antes dela entrar no avião que caiu, onde dois funcionários aparecem trabalhando próximo ao avião sem usar qualquer equipamento de proteção.
O processo ainda está em andamento. Uma audiência foi marcada para fevereiro de 2023.
(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora Web de OLiberal.com, Adna Figueira)
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