Ex-BBB Mirla Prado relembra amizade com Mayra Cardi e superação após BBB9
A paraense contou, com exclusividade, como viveu seus dias confinadas, amizades com ex-BBBs e criação de personagens dentro da casa
A gente sempre se pergunta como são, de fato, as pessoas por trás das câmeras. Ainda mais em tempos de stories do Instagram, onde as pessoas gravam o que desejam mostrar. Seguindo uma linha diferente disso, a ex-BBB Mirla Prado, revela: eu gosto do anonimato.
Faltando 13 dias para a estreia do Big Brother Brasil 22, a paraense conversou com o O Liberal com exclusividade. Como ela mesmo relembrou, a depressão, a ansiedade e síndrome do pânico, mostraram seus primeiros sinais ainda dentro do programa. Mirla deixou o BBB9 de forma precoce e com alguns rótulos - que trouxeram para a sua vida externa - traumas, hoje já superados.
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Madura e morando em Nova Iorque, ela vê o programa com outros olhos, mas ainda prefere se manter longe dos holofote.
“Eu escolhi me manter anônima, até porque nunca decidi entrar no BBB para ficar famosa. Como não fui eu que me inscrevi, queria mesmo era a grana. Hoje, quando todo mundo sai já fica famoso, justamente por essa questão de ser ‘influencer’, por isso é bom participar do programa atualmente, por mais que você não ganhe nada lá dentro, ao sair vai ganhar. Para ganhar dinheiro, é ideal. Até mesmo se você sair com uma imagem mais manchada, de vilão, com um bom trabalho de assessoria você consegue reverter”, analisou Mirla.
O ex-bbb Hadson Nery já chegou a falar sobre esse tema em uma entrevista. Ele chegou a dizer que o cancelamento fica só nas redes sociais e que é possível seguir com sua vida e seus projetos “na vida real” de forma tranquila. O segredo de usufruir do que o programa resulta depende dos desejos e planos que cada participante tem para sua vida.
“Não era meu objetivo ser famosa, nunca fui atrás de fama ou de cavar notícias, não quis ficar no eixo Rio-São Paulo, dispensei uma assessora, que é uma das grandes da Globo, porque logo quando foi me assessorar impôs várias regras, que eu não queria. Um exemplo, não poderia falar com o público, entre várias coisas, que não é meu. Sou muito simples, e sei que não iria funcionar como celebridade. Não poder sentar na mesa de um bar e bater papo com um fã não seria minha rotina. Uma vez, ao me ver sentada no meio fio com alguns fãs na frente do hotel, ela me disse que eu não poderia ter aquela atitude. No mesmo dia eu dispensei a profissional. Dentro do BBB eu precisa fingir ser alguém e fora isso tinha que ocorrer também? Pulei fora, e ai decidi não ter uma carreira como famosa”, acrescentou.
Ao revelar tantas imposições e com o amadurecimento ao longo desses 12 anos, Mirla consegue enxergar o BBB como uma novela, cheio de personagens divididos em vilões e heróis, caso esse percebido na última edição que teve a reviravolta de Juliette. A campeã se transformou de rejeitada e oprimida a queridinha do público e faturar a edição do BBB 21.
Sem ter estudo o jogo ou até mesmo aprendido como o programa era realizado, Mirla passou grande parte do tempo sozinha no reality. Mas ela sabe que é isso que rende ao telespectador. “Além das pessoas interpretarem seus personagens, a edição 'compra' os que estão dando certo aqui fora e ainda hoje as pessoas continuam fazendo isso, é o certo, já que o público busca novelinha, com heroína e vilão. Na época não tinha essa percepção, mas hoje eu tenho, quando se está lá dentro e preciso consciência de que eu era responsável por estar lá, se eu fui cancelada era por conta dos meus atos. Fui chamada de planta por várias pessoas, porque me omiti em decorrência da depressão”, revelou.
Ao sair do programa, Mirla passou um tempo em Belém e em Cametá, onde atuou com assessoria jurídica. Ela também chegou a morar na Europa, e hoje vive o “sonho americano”, não tão glamoroso assim. Rejeitando a internet por longo anos, ela vive atualmente exatamente das redes sociais, onde tem uma loja de produtos importados e gerencia quatro páginas no Instagram.
Do BBB ela trouxe a experiência apenas, que foi evoluindo ao longo dos anos
“Desde quando sai do programa não tive contato com ninguém. Como escolhi morar em Belém, o contato físico faz você perder algumas relações. O Alexandre e a Mayra Cardi foram as pessoas que mais tive contato após a minha saída, só que ela virou super celebridade e tomou o caminho dela. Como não sou uma pessoa de implorar amizade, ela optou por ser amiga só de celebridades, e como eu não era... A Jô morreu, que era minha amiga também. Assim como o André”, finalizou.
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