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Manu Bahtidão acusa Pabllo Vittar de regravar hit paraense sem dar crédito: ‘Rapariga’

Novo álbum da cantora e drag queen homenageia música do Pará e teve apoio de artistas como Valéria Paiva

O Liberal

O último álbum lançado por Pabllo Vittar, “Batidão Tropical”, é uma verdadeira celebração à música paraense. A cantora, que morou em Santa Izabel do Pará na adolescência, regravou hits da Companhia do Calypso e de bandas de Tecnobrega como Ravelly e Banda Batidão. Apesar da homenagem, as versões não parecem ter agradado à ex-líder dessa última, Manu Bahtidão. 

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Em entrevista ao podcast PodDalhe Cast, no YouTube, na última quinta-feira (8), ela revelou que a canção “Apaixonada” é de sua autoria e que Vittar regravou a música sem dar os devidos créditos, além de copiar sua vinheta. A faixa já ultrapassa dois milhões de reproduções só no Spotify e é um dos grandes sucessos do álbum.

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“A Pabllo regravou a música. E não foi só a música, fez a minha vinheta também, copiou a nossa vinheta. Faz o seguinte? Dá uma ligada para mim, manda um direct. Os fãs estão perguntando por que você não compartilhou. Eu quero que ela me ligue. Ela sabe o meu telefone, ela tem o meu contato, me seguia no Instagram, depois parou de seguir. Então, filha, vem cá que eu estou esperando você falar comigo sobre essa questão, que você sabe que é da gente. Vamos resolver esse babado, mana”, falou. 

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A artista confessou também que gostaria que a diva pop valorizasse mais os artistas do Pará. “Na verdade, a gente queria gravar essa canção com a Pabllo, mas não conseguimos nunca contato com ela. Acho que, se ela também é daqui do Estado, tem que levantar a nossa bandeira e ajudar os artistas da terra. Ela sabe que essa canção é minha. Sempre comenta no Twitter sobre as canções, e não tem me marcado, marcou só a banda na qual eu fazia parte. Você conhece essa banda através da Manu Bahtidão”, afirmou.

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A artista se emocionou com o quadro "Visitando o Passado"

“Então, garota, me marca, rapariga, que eu estou te esperando”, finalizou, mandando um recado para a maranhense, na entrevista que vem repercutindo na mídia nacional, incluindo no colunista de fofocas Léo Dias.

Contraponto: Valéria Paiva comemorou visibilidade para a música paraense

A opinião de Manu não é unânime entre artistas paraenses. Para Valéria Paiva, vocalista da lendária banda Fruto Sensual e uma das “embaixadoras” do brega no Pará, por exemplo, é maravilhoso ver os ritmos populares paraenses sendo referenciados no trabalho de uma artista do tamanho de Pabllo, e para ela, essa ligação entre as regiões é determinante para que mais sucessos surjam.

“Eu fui a Recife, a Fortaleza, e muitas bandas regravaram nossas músicas lá, até bandas de forró, e a gente fica muito feliz de ver isso. Assim como o pessoal daqui regrava os forrós em brega, eles pegam o brega para regravar em forró. A gente fica feliz de ver essa mistura de ritmos”, disse a cantora em entrevista ao O Liberal.

Divulgadora do cenário artístico de Santa Izabel, Valéria nasceu e mora no município, e diz que a música é muito forte no local. “Santa Izabel é um celeiro de grandes artistas. A cidade merecia um festival de música. Aqui, temos Viviane Batidão, Elly Feitosa, Banda Ravelly, e muitas que o Pará ainda não conhece, que só cantam aqui”, celebra a cantora, que não esconde sua admiração pelo trabalho da drag queen maranhense, celebrando, mais uma vez, o intercâmbio de culturas. “Eu digo que a Pabllo é uma Mylla [Karvalho], né”, disse ao risos, citando a vocalista da Companhia do Calypso, nascida em São João do Araguaia.

“A Aretuza Lovi até disse uma vez que, quando elas se encontram, elas cantam as músicas como Príncipe Negro e outras músicas minhas, canções daqui”, se orgulha Valéria.

(Fernando Assunção, estagiário sob supervisão da jornalista Tainá Cavalcante)

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