Paulinha Abelha morreu de quê? Laudo aponta que causa da morte da cantora não foi o uso de remédios
Parecer médico sobre a morte da cantora da banda Calcinha Preta foi divulgado. Paulinha tomava remédios para emagrecer
O parecer médico sobre a morte de Paulinha Abelha foi divulgado nesta quinta-feira, 31. A cantora morreu no dia 23 de fevereiro de 2022, após um período de internação. O médico perito Nelson Bruni Cabral foi o responsável por fazer este documento para conhecimento da sociedade. O médico afirmou que a hipótese diagnóstica é de uma Meningite.
VEJA MAIS
"O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central", relatou o perito.
No parecer, ele informa que “as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos” que Paulinha tomava. Essa foi uma das hipóteses levantadas após a sua morte.
Os medicamentos prescritos pelos médicos que atenderam Paulinha durante a sua internação também não tiveram nada a ver com o seu óbitos.
Leia o parecer médico na integra
“INTERESSADO: CLEVERTON VENÂNCIO DA CONCEIÇÃO SANTOS
REFERÊNCIA: REQUERIMENTO DE PARECER MÉDICO
ASSUNTO: ELABORAÇÃO DE PARECER MÉDICO
PACIENTE: PAULA DE MENEZES NASCIMENTO LECA VIANA
O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana.
Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera).
Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.
Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito.
Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera), não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.
Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico.
Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença. Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito.
O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa.
São Paulo/SP, 31 de março de 2022.”
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA