Assassino confesso de atriz global, Guilherme de Pádua foi de stripper a pastor Batista
Crime ocorrido na década de 1990 e que chocou o País pode ter sido um sacríficio ritual
No início de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus surgiu e dividiu opiniões sobre o isolamento social, um personagem conhecido na década de 1990 surgiu novamente. Guilherme de Pádua, assassino confesso e condenado pela morte da jovem atriz Daniella Perez, esteve nas ruas durante as manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra o isolamento social e publicou vídeos em sua conta do Instagram defendendo a liberação do uso de máscaras e a reabertura da economia.
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Atualmente, o ex-ator é pastor da Igreja Batista, mas sua trajetória inclui desde a participação em filme erótico à apresentações como stripper. Recentemente, o nome de Guilherme de Pádua voltou à pauta dos noticiários nacionais, após a estréia da minissérie “Pacto Brutal”, em que o assassinato de Daniella Perez é esmiuçado em cinco episódios.
A atriz foi assassinada, aos 22 anos, no dia 28 de dezembro de 1992, por Guilherme de Pádua e sua companheira na época, Paula Thomaz. O crime teria sido uma vingança contra a autora da novela, Glória Perez, mãe de Daniella, que supostamente vinha reduzindo o papel do ator na trama que ela escrevia e que era exibida em horário nobre na Rede Globo. Essa é a tese criada pela produção do seriado.
O corpo da atriz foi encontrado ao lado de seu carro em um matagal na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, com 18 perfurações, a maioria concentrada na região do coração.
Guilherme de Pádua já foi dançarino de strip-tease em festa gay no Rio de Janeiro
Guilherme nasceu em 1969, na cidade de Belo Horizonte (MG), e chegou ao Rio no final da década de 1980 para tentar a carreira no meio artístico. Na época do crime, ele interpretava Bira, personagem que fazia par romântico com Yasmin, interpretada por Daniella Perez, na novela “De Corpo e Alma”, escrita por Glória Perez.
Na minissérie lançada neste mês, Glória fala que Guilherme de Pádua foi contratado para a novela quase por acaso, pois Alexandre Frota, que era cotado para o papel, tinha outros compromissos. De Pádua só havia participado de outra produção na televisão dois anos antes, na novela das sete “Mico Preto”.
Entretanto, sua carreira no teatro era mais promissora, onde interpretou dois garotos de programa, em “Pasolini” e no musical “Blue Jeans”. Também interpretou um garoto de programa no filme erótico alemão “Via Appia”. Além disso, participava de um show de strip-tease que era exibido na Galeria Alaska, conhecido por ser um local frequentado por gays, e onde ficava completamente nu no final do show.
Assassinato pode ter sido um sacríficio ritual, explica a minissérie
O envolvimento com Paula Thomaz surgiu nessa época. A companheira de Guilherme era extremamente ciumenta e envolvia-se com entidades ocultistas, diz a série. Segundo uma tese exposta na produção, o assassinato de Daniella teria sido um sacríficio ritual. Guilherme se separou de Paula durante o julgamento e atualmente está casado com a maquiadora Juliana Lacerda.
“Casei com o Guilherme porque o amo de verdade e ele é a realização de um sonho em minha vida”, disse a maquiadora na época do casamento, em 2017, para o jornal Extra. “Procurem saber do caso aí direitinho que vocês vão saber o que aconteceu [...] Se eu for falar aqui, vai ser muito polêmico, muito chocante para vocês [...] O Guilherme não é assassino de ninguém”, declarou a atual esposa de Guilherme, em sua conta do Instagram.
(*Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão da editora de OLiberal.com, Ádna Figueira)
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