Caso Monark: Apresentador diz à polícia que tem 'pouco conhecimento' sobre nazismo
Em depoimento, Bruno Aib não usou o argumento de que estava bêbado durante a fala, argumento usado por ele para se defender antes
Depois de dizer em vídeo que estava bêbado quando defendeu a criação de um partido nazista no Brasil, Monark alegou em depoimento à Polícia Civil de São Paulo ter "pouco conhecimento" sobre o nazismo. Bruno Aib, conhecido pelo apelido Monark, é investigado junto aos reponsáveis pelo "Flow Podcast" por apologia ao nazismo e discriminação contra judeus.
A TV Globo teve acesso ao depoimento de Monark, e segundo a emissora, o influenciador não chegou a citar que estava bêbado quando fez a declaração sobre o nazismo em um episódio do "Flow Podcast", argumento que usou em um vídeo publicado em suas redes sociais onde pedia desculpas pela fala.
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Ainda segundo a emissora, Monark deu depoimento no 4º Distrito Policial na capital paulista, que fica no bairro da Consolação. Em checagem feita pelo Splash, a Polícia Civil disse que testemunhas estão sendo ouvidas sobre o caso, mas detalhes da investigação serão preservados.
Tabata Amaral é uma das testemunhas do caso
Monark, que era um dos apresentadores do canal de entrevistas "Flow Podcast", foi rechaçado após defender a criação de um partido nazista no Brasil, em um episódio que contava com a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) como entrevistada. A polêmica resultou na demissão de Monark do programa, assim como a perda de muitos patrocinadores.
A deputada Tabata Amaral foi convidada a depor como testemunha do inquérito, e disse em entrevista ao UOL News que "cabe à Justiça julgar e decidir os encaminhamentos". "Independente do que a Justiça decida, a sociedade deixou claro que não vai tolerar que pessoas defendam ideias perigosas de forma completamente irresponsável", declarou.
Antes do episódio em que defendeu a criação de um partido nazista, Monark já era conhecido por posicionamentos problemáticos e preconceituosos. Em episódios anteriores do "Flow Podcast", o apresentador chegou a defender o armamento, comparou homofobia com gostar de refrigerante, e também defendeu posicionamentos racistas.
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