Artistas celebram os 36 anos do Teatro Margarida Schivasappa
O espaço está passando por obras de reforma e deve reabrir para o público no segundo semestre deste ano
Artistas de diferentes segmentos já viveram grandes emoções no palco do Teatro Margarida Schivasappa, em Belém, e consideram o lugar fundamental para a arte do estado. Neste domingo (26), o teatro completa 36 anos e profissionais da arte falam de suas experiências e expectativas de poder retornar ao palco, uma vez que o teatro passa por reformas e tem previsão de reabrir no segundo semestre deste ano.
O ator Mário Filé, que faz parte do Grupo Experiência e interpreta o Urubu no espetáculo Verde Ver-o-Peso, diz que pisa no palco do Margarida Schivasappa desde a década de 80 e considera o teatro um lugar fundamental para a cultura do estado e para os artistas. "Depois do Teatro da Paz, é o melhor teatro que nós temos. É um teatro que tem uma proximidade muito boa com o público. É um lugar fundamental e que guarda ótimas lembranças da cultura do estado", pontua o ator.
Mário acrescenta que apenas com a peça Verde Ver-o-Peso já fez várias apresentações no teatro. "Nós que fazemos parte do grupo guardamos muitas recordações", acrescenta Mário.
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Paulo Fonseca, o Paulão, que também faz parte do Grupo Experiência, já teve muitas vivências no teatro, desde ator, diretor e como a voz oficial que dá boas-vindas aos frequentadores dos espetáculos. “Na década de 80, o sonoplasta me chamou para fazer a vinheta que dá boas-vindas antes de começar qualquer espetáculo. E essa vinheta ficou até antes da pandemia. É muito engraçado quando estou na plateia e escuto a minha própria voz", destaca o artista.
Paulão considera o Schivasappa como um dos teatros com melhor acústica e estrutura. "A geografia e a carpintaria dele são perfeitas e isso é ótimo para qualquer artista que vai se apresentar, sem falar no espaço da coxia e na estrutura de camarins. Eu adoro fazer apresentações lá. É um espaço que guarda grandes histórias, acontecimentos de diferentes gerações", acrescenta Paulão.
A coordenadora do espaço, Priscila Ribeiro, conta que o Teatro tem grande importância no cenário cultural de Belém e a nível nacional. “Ele comporta diversas pautas entre espetáculos teatrais, musicais, shows, eventos governamentais e stand-up comedy”, explicou.
Priscila também fala sobre os espetáculos que marcaram o Teatro, que já recebeu inúmeros eventos. “Todos tiveram seu grau de importância, como o Cura”, de Déborah Colker, e Epaminondas Gustavo, personagem eternizado pelo saudoso Cláudio Rendeiro, que nos deixou em 2022”. Após a pandemia, o Teatro teve uma média de 80 espetáculos e um público alcançando, aproximadamente, 29 mil espectadores.
O espaço está passando por obras de reforma e deve reabrir para o público no segundo semestre deste ano. Construído na década de 80, em homenagem à professora de canto orfeônico Margarida Schivasappa, o lugar é um dos símbolos culturais do estado.
Quem foi Margarida Schivasappa?
Margarida Schivasappa nasceu em Belém do Pará, no dia 10 de novembro de 1895. Filha de Henrique Schivasappa e Corina da Costa Schivasappa, estudou no Instituto Carlos Gomes e posteriormente concluiu aperfeiçoamento no Conservatório de Canto Orfeônico. Além disso, foi aluna de Heitor Villa Lobos e saudada por Bibi Ferreira.
Margarida foi professora de canto, folclorista, membro da Academia Paraense de Teatro, diretora de teatro, carnavalesca e fundadora da Sociedade Paraense de Educação. É considerada um símbolo que atuou decisivamente para o crescimento das artes cênicas na região Norte.
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