Advogado e ativista do movimento negro, Paulo Victor Squires, recomenda três obras antirracista

As obras são um livro, um documentário e um álbum musical

Victor Sampaio
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Nesta segunda-feira de novembro, 21, dia da consciência negra, o advogado e ativista do movimento negro, Paulo Victor Squires, recomenda três obras engajadas na luta contra o rascismo. A primeira recomendação se trata de um livro cujo título é "Um Defeito de Cor". O livro é da autora Ana Maria Gonçalves e retrata parte da história do Brasil, da escravidão à abolição. A segunda indicação é um documentário intitulado "Da África aos Estados Unidos: Uma Jornada Gastronômica". Disponível na plataforma Netflix, a obra busca a história e a trajetória da alimentação africana para o continente Americano. A terceira dica do advogado é o último álbum do artista Baco Exu do Blues. O álbum é denominado "QVVJFA - Quantas Vezes Você Já Foi Amado". Esta obra retrata a vivência do homem negro brasileiro. 

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Mestrando no Programa de Pós Graduação em Direito da Universidade Federal do Pará - PPGD/UFPA, e tendo como linha de pesquisa o Constitucionalismo, as Políticas Públicas e os Direitos Humanos, neste dia da Consciência Negra, Paulo Victor declara que é mais um ano, mais uma data. E as análises, estudos e estatísticas continuam no mesmo patamar. É preciso ampliar e aprofundar as políticas públicas raciais no país. É o problema social mais grave que temos. As pessoas precisam estar abertas a conversar e se colocar cada vez mais ao lado na luta.  
 
Segundo Paulo Victor, a cultura é fundamental para disseminar conhecimento e preservar a história. "Na música, nas fotografias, na dança, nas apresentações teatrais, no cinema. Ela impacta em diversos setores sociais", declara. 
 
Membro da Comissão de Defesa e Promoção da Igualdade Etnico Racial no Brasil do Conselho Federal da OAB nos anos de 2015 a 2017, Paulo ainda afirma que como grande parte da construção brasileira foi e é feita pela população negra, a cultura negra está em todo o lugar. "E precisa ser cada vez mais reconhecida como tal. Música, culinária, dança, por exemplo, no Brasil são estruturadas pela cultura africana", finaliza o advogado.  
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