Brasil bate recorde de turismo internacional em fevereiro e gera US$ 823 milhões
COP 30 em Belém deve atrair ainda mais turistas para o país

O Brasil registrou um novo recorde de receitas com o turismo internacional em fevereiro de 2025, impulsionado pela expectativa da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em novembro, em Belém (PA). Segundo o Banco Central, turistas estrangeiros injetaram US$ 823 milhões na economia brasileira no mês, um aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2024, quando os gastos foram de US$ 673 milhões.
No acumulado do primeiro bimestre, as receitas do setor alcançaram US$ 1,628 bilhão, o maior valor desde o início da série histórica, em 1970. Os dados foram compilados pelo Ministério do Turismo e incluem despesas com hospedagem, alimentação, transporte e lazer.
O volume de desembarques internacionais também apresentou crescimento. Somente em fevereiro, 1,3 milhão de visitantes estrangeiros chegaram ao país, um aumento de 59% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro e fevereiro, foram 2,8 milhões de chegadas, de acordo com o Ministério do Turismo, Embratur e Polícia Federal.
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O ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou que o crescimento é resultado de esforços para promover o Brasil no exterior e aprimorar a infraestrutura turística. “Estamos investindo em promoção internacional e qualificação para tornar o Brasil um destino cada vez mais atrativo”, afirmou.
A COP 30, que reunirá líderes mundiais para discutir mudanças climáticas, deve ampliar ainda mais o fluxo de turistas ao país, especialmente para a região Norte. O evento reforçará a demanda por hospedagem, serviços gastronômicos e transporte, além de estimular o turismo ecológico na Amazônia.
Além da conferência climática, o Brasil também sediará a cúpula do BRICS, em julho, no Rio de Janeiro, o que deve fortalecer a economia do turismo ao longo do ano. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a tendência é de crescimento contínuo. "A visibilidade internacional e o aumento da conectividade aérea são fatores determinantes para esse avanço", disse.
*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política e Economia)
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