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O.J.C. MORAIS

OCÉLIO DE JESÚS C. MORAIS

PhD em Direitos Humanos e Democracia pelo IGC da Faculdade de Direito Coimbra; Doutor em Direito Social (PUC/SP) e Mestre em Direito Constitucional (UFPA); Idealizador-fundador e 1º presidente da Academia Brasileira de Direito da Seguridade Social (Cad. 01); Acadêmico perpétuo da Academia Paraense de Letras (Cad. 08), da Academia Paraense de Letras Jurídicas (Cad. 18) e da Academia Paranaense de Jornalismo (Cad. 29) e escritor amazônida. Contato com o escritor pelo Instagram: @oceliojcmorais.escritor

O destino entre a ética humana e Ética de Deus

Océlio de Morais

A ética humana, já o disse em outros breves ensaios filosóficos, tem por base a liberdade de escolha peloo que é bom, correto e justo ou pelo o que é desonrado, desprezível e injusto.

A ética está relacionada à base dos valores, os quais, por sua vez, constituem as bases dos princípios que norteiam as escolhas.

Essa dualidade ou ambiguidade humana que cotidianamente trava uma luta reflexiva (e prática) acerca das escolhas –  estas tomadas como o mais autêntico exercício das diversas expressões das liberdades – coloca a pessoa ética diante do tribunal de sua consciência. 

O juiz da consciência dirá na ocasião da escolha entre o certo e o errado, entre o justo e o injusto, entre o bem e o mal: pense bem antes de fazer suas escolhas, pois delas advêm consequências que podem modificar o destino certo e justo da sua vida.

Assim, a ética humana é uma questão de princípio, mas uma questão de princípio para levar bem a sério as virtudes necessárias; primeiro,  em relação à incolumidade da própria dignidade e  da própria reputação e, segundo, em relação à dignidade dos semelhantes nas relações interpessoais e sociais gerais. 

Por sua natureza ontológica,  a ética é destinada ao aperfeiçoamento moral da conduta humana e à neutralização dos nossos vícios, aqueles que levam à corrupção das coisas e à perda da própria dignidade. 

A ética de Deus  (nele professo minha fé) é diferente na dimensão e na finalidade da ética humana.  Não se entenda, aqui, dimensão na medida terrena como a extensão medível; mas, sim, como a amplitude inapropriável e imedível da razão espiritual.  

E compensa-se a finalidade como o objetivo ou propósito transcendente às limitações humanas ou, por outras palavras, como a finalidade teleológica da alma, que é a paz, a serenidade e tranquilidade da alma.

Na dimensão, a ética de Deus é imensurável e infinita, porque é a ética do amor — aquela expressão Divina   que abarca as virtudes do perdão, da magnanimidade e da felicidade espiritual porque é o próprio Criador Onipotente, Onipresente e Onisciente,  aquele Ser que está acima de todas as coisas e de todos os seres vivos. 

A finalidade ética de Deus na relação com os humanos – não se a confunda com o utilitarismo ético humano – parte do princípio criador da sua obra-prima: “Façamos o homem à nossa imagem, con­for­me a nossa semelhança”, como disse Deus em Gênesis 1:26-28.

À luz do princípio criador, a primeira finalidade ética de Deus já foi cumprida quanto à criação humana: “à imagem de Deus”, isto é, criaturas originadas do Criador ou filhos do DNA espiritual do Soberano Pai. 

E a segunda finalidade ética de Deus é que a criatura (os filhos) sejamos à sua semelhança, ou seja, que nossos espíritos sejam evoluídos à semelhança do Espírito de Deus, o boníssimo e sapientíssimo em todas as magnitudes. 

A ética de Deus, em face dos humanos, portanto, é oportunizar o tempo necessário de sua infinita bondade para que todos compreendamos que a primeira parte do projeto da criação foi concluída, qual seja, a criação do homem à imagem de Deus. Essa parte decorreu da vontade ética da Divina criação.  

A segunda parte está adstrita à ética humana: fazer as escolhas certas e justas como garantia da própria evolução moral e mirar espiritualmente na “semelhança de Deus”, isto é, através do exercício das virtudes da fraternidade, da caridade, da solidariedade, da fraternidade e do amor.

A ética humana tem por destino, por conseguinte, a descoberta dos infinitos desafios e significados da ética de Deus no extraordinário projeto espiritual da criação.

 

ATENÇÃO: Em observância à Lei  9.610/98, todas as crônicas, artigos e ensaios desta coluna podem ser utilizados para fins estritamente acadêmicos, desde que citado o autor, na seguinte forma: MORAIS, O.J.C.; Instagram: oceliojcmoraisescritor

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