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O.J.C. MORAIS

OCÉLIO DE JESÚS C. MORAIS

PhD em Direitos Humanos e Democracia pelo IGC da Faculdade de Direito Coimbra; Doutor em Direito Social (PUC/SP) e Mestre em Direito Constitucional (UFPA); Idealizador-fundador e 1º presidente da Academia Brasileira de Direito da Seguridade Social (Cad. 01); Acadêmico perpétuo da Academia Paraense de Letras (Cad. 08), da Academia Paraense de Letras Jurídicas (Cad. 18) e da Academia Paranaense de Jornalismo (Cad. 29) e escritor amazônida. Contato com o escritor pelo Instagram: @oceliojcmorais.escritor

A vida humana na “ética” evolucionista e a ética criacionista

Océlio de Morais

Inúmeros documentários no YouTube sobre a vida selvagem – os quais mostram os hábitos e costumes dos animais selvagens para a sobrevivência das respectivas espécies – apontam que nem sempre prepondera a lei do mais forte, pois outros fatores também são considerados à manutenção dos territórios ocupados e à conquista das lideranças e à própria sobrevivência. 

Agilidade, agressividade, esperteza, estratégias de ataques e defesas, instinto coletivo da espécie são alguns fatores que podem ser somados  à condição de ser o mais forte para vencer nas disputas territoriais, nas caçadas e nos acasalamentos. 

A “ética” da natureza intrínseca dos animais selvagens é condicionada por esses fatores como condição de sobrevivência das espécies. 

Contrariamente, as relações humanas – embora também marcadas por situações cotidianas dispostas por uma infinidade de coisas – são marcadas pelas escolhas racionais e emotivas, certas ou erradas, justas ou injustas. 

Isso ocorre porque, substancialmente, porque a vida do ser humano não se resume à matéria selecionar, fungível e descartável. A existência humana é marcada por algo além da matéria.

 Charles Darwin, o cientista inglês (1809-1882,) colocou tudo isso na sua “Teoria da Evolução” – “Sobre a origem das espécies através da seleção natural" ( 1859), conclui que a origem comum é o fator de desenvolvimento das espécies; que a seleção natural modifica as espécies e somente as mais fortes sobrevivem e, ainda, que os humanos somos apenas mamíferos que andamos eretos e que não somos obra da criação Divina.

Poderia ser dito que a “Teoria da Evolução” darwiniana é, em si mesma, a principal teoria negacionista da teologia da Criação narrada no livro de Gênesis (versículos 1  a 12) sobre o criaciosnimo Divino do mundo e de todas as coisas e seres que nele habitam.

Ao conferir ao ser humano apenas a condição de mamífero como outros animais da natureza – diferenciado pela inteligência e pela condição de caminhar ereto e pela inteligência – a “ética” evolucionista reduz a vida humana simples à matéria deteriorável.

Certamente indagará o leitor: como assim? Observe o cerne teórico do evolucionismo darwinista: a natureza seleciona as espécies animais mais fortes e somente estas sobrevivem e o homem é apenas um mamífero que caminha de forma ereta. 

 Logo, a síntese lógica que embasa a “ética” evolucionista é que a pessoa humana não possui alma, nem espírito, pois nega-se a Teologia da Criação Divina. 

Portanto, toda vida humana se reduz à matéria descartável, ou seja, o fundamento ético da vida humana na “teoria da Evolução” é negar a tríplice natureza humana, dotada de corpo, alma e espírito, como apontado, por exemplo, pelo teólogo Tomás de Aquino, pelo escritor Richard White, pelo cientista Rupert Sheldrake e pelo teólogo Matthew Fox.

Tomás de Aquino, na "Summa Teológica", afirma quando trata no Art.  7º (Se a alma e o anjo são da mesma espécie): “(...) todas as almas humanas e os anjos são da mesma espécie” (...) porque são substâncias incorpóreas (...) não sendo compostas de matéria e forma, mas sendo formas subsistentes, (...) O corpo não é da essência da alma; mas é da essência desta que seja capaz de união com o corpo”.

O cientista Rupert Sheldrake e o teólogo Matthew Fox, autores do livro “A Física dos Anjos”, sustentam a existência das almas humanas e espírito (anjos, seres de luz e mensageiro de Deus).

E o escritor Richard White, autor do livro “Os filósofos espirituais”, afirma que a alma é profunda e a marca maior do ser humano e o Espírito.

Se a hipótese aceitos os termos da teoria da Evolução, seria considerar que a vida humana fosse reduzida à matéria – portanto, sem alma e sem espírito – não haveria valores (que sustentam as virtudes da caridade, da fraternidade, da esperança, por exemplo).

E por quê? Porque a pessoa humana seria resultado apenas da seleção natural e da mera adaptação ao meio ambiente e seria semelhante aos animais irracionais.

A ética da teoria da Criação não é simplesmente um tratado sobre a seleção natural e nem da lei do mais forte. A “ética” negacionista no fundo atinge, e a rigor, a ética divina da criação (leia a pensata “A ética humana e a poética de Deus").

À luz da própria natureza humana sensível e inteligente mostra-se a incompatibilidade e insustentabilidade de reduzir a vida humana à matéria, porque – conforme frisei, citando Tomás de Aquino na pensata “Do sofrimento ético e da mortificação da alma”: “A Alma é a parte sensitiva do corpo que produz a sensibilidade humana ou a Alma racional, relacionada ao princípio da razão”

E o que pensa o leitor?

 

ATENÇÃO: Em observância à Lei  9.610/98, todas as crônicas, artigos e ensaios desta coluna podem ser utilizados para fins estritamente acadêmicos, desde que citado o autor, na seguinte forma: MORAIS, O.J.C.; Instagram: oceliojcmoraisescritor

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