Parazão começa com 183 novos importados Carlos Ferreira 19.01.25 8h00 Rossi e Marlon são exemplo de jogadores "importados" (Divulgação/Paysandu) Os números oficiais do Departamento de Registro da FPF mostram o cenário das transferências de atletas vindos de outras federações. É surpreendente ver o Independente na liderança, o Paysandu na 5ª e o Remo na 10ª posição do ranking das importações. Independente/Tucuruí - 22 Castanhal - 21 Cametá - 19 São Francisco - 18 Paysandu - 17 Águia - 16 Capitão Poço - 14 Caeté - 13 Santa Rosa - 12 Remo - 11 Bragantino - 11 Tuna - 9 Constatação: os paraenses são minoria! Considerando uma média de 30 atletas por clube, são cerca de 360 jogadores neste início de campeonato. Os recém-chegados (183) já representam metade do total. Não há dados disponíveis sobre os remanescentes das últimas temporadas, mas já é possível afirmar que os atletas paraenses são minoria em campo no campeonato estadual. À medida que a indústria do futebol avança, mais dinheiro e interesses paralelos circulam nas competições. Como consequência, cresce o movimento de importações, inclusive internacionais. Essa tendência é global e está bem refletida nos dados fornecidos à coluna pela FPF (Juarez Scotta, Departamento de Registro). Das 183 transferências já registradas, 19 são internacionais: oito atletas estrangeiros e onze brasileiros retornando do exterior. Baixinhas Em 2023, o Parazão começou com 130 novos atletas transferidos de outras federações. O aumento de 30% em dois anos evidencia a escalada, agora também presente nos clubes do interior. O Castanhal liderou em 2023 com 25 importações e, neste ano, com 21, só é superado pelo Independente. Esses clubes alegam que a busca por atletas de fora é consequência dos "altos salários" exigidos pelos paraenses. Com o campeonato tão curto, de apenas dois meses, os atletas locais têm preferido os cachês de competições amadoras durante o ano inteiro. Também pesa o crescente nível de exigência do futebol atual em termos táticos e físicos. Atletas regionais enfrentam mais dificuldades devido à formação precária na base, agravada por hábitos boêmios. A FPF tem dado o primeiro passo ao ampliar o calendário de competições de base. No entanto, além do aumento de jogos, é necessário um grande avanço na qualidade da preparação técnica, tática, física e mental dos jovens atletas. Somente assim eles poderão competir por espaço e iniciar uma mudança de cenário. Muito se fala em mais oportunidades para os talentos locais, mas, antes disso, é essencial melhorar significativamente a formação desses jovens. Esse é o ponto crucial! Quando o futebol era menos mercadológico, até os anos 90, os times eram majoritariamente regionais, com reforços importados. Essa proporção se inverteu com o esporte se tornando mais caro e atrelado a mais interesses, sem grandes ganhos em resultados. É inegável, porém, que os clubes evoluíram muito em suas estruturas físicas e organizacionais. Nesta temporada, Remo e Paysandu, únicos na Série B com o pacote da Rede Globo (via LIBRA, no primeiro ano das Ligas), ampliam as possibilidades de novos negócios. O Remo, por exemplo, recebeu recentemente a visita de Marcos Braz, ex-vice-presidente do Flamengo, com uma proposta de parceria em projetos de mercado e patrocínios. É apenas um dos sinais dos novos caminhos que se abrem para a dupla Re-Pa. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Um verdadeiro 'vire-se quem puder' 22.01.25 7h00 Carlos Ferreira Veja os principais nomes da primeira rodada do Parazão 2025 21.01.25 7h00 Carlos Ferreira Parazão começa com 183 novos importados 19.01.25 8h00 Carlos Ferreira Parazão é fim ou meio para Remo e Paysandu? 17.01.25 8h00