Círio 2022: 'Comparo a beleza do Círio com a nossa existência', diz bispo auxiliar; vídeo
Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, avalia o reencontro de fé de 2022
O Círio 2022 é fundamental para que os devotos retomem a caminhada de fé pelas ruas de Belém. Na verdade, é a "continuidade de um processo", como diz o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, dom Antônio de Assis Ribeiro. "Eu comparo a beleza do Círio com a nossa existência, o nosso caminhar. Nós temos um ritmo de vida de acordo com as circunstâncias", ressalta.
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E é durante essa caminhada que a presença de Nossa Senhora de Nazaré é importante. "Maria nos educa por meio das suas atitudes, das suas palavras. Ela é uma mãe que educa por meio do cuidado, por meio do seu espírito de fé, por meio de sua sensibilidade. E eu creio que no cotidiano a verdadeira maternidade educa por meio da percepção das necessidades", pontua dom Antônio.
O bispo auxiliar desenvolve todo um trabalho na formação moral de jovens e de atuação nas comunidades da Igreja Católica. Dom Antônio considera que os jovens devem aproveitar a beleza do Círio para renovar o sentido da vida. "Na nossa vida, muitas vezes, é de descida também; as coisas estão bem, então, a gente faz com alegria, com amor, com entusiasmo, tudo favorece", observa.
Desafios
A Grande Romaria dos paraenses ocorre em um cenário marcado ainda pela presença do coronavírus, desemprego, fome e guerras no mundo. Diante desse contexto, o bispo auxiliar pede bênçãos à Nossa Senhora. "Eu peço bênçãos, muitas bênçãos e, sobretudo, que nós aprendamos a viver como filhos de Deus e dignos discípulos de Jesus Cristo, discípulos de paz, que vivem o mandamento do amor, a fraternidade. Eu creio que se tem uma graça maior para uma mãe, a alegria maior para a mãe, é ver os filhos vivendo em paz", observa.
"Então, neste mundo de guerra, de tanta pobreza, criminalidade, violência, peçamos cada vez mais que as bênçãos de Deus venham sobre nós, nos transformando, nos capacitando para viver em paz uns com os outros. O mundo está carente de paz, o Pará está carente de paz, o Brasil está carente de comunhão e de união", salienta o bispo auxiliar.
Dom Antônio Ribeiro espera que, neste Círio, os romeiros e o público em geral "renovem a própria fé em Deus, renovem o sentido de pertencer à Igreja e que não reduzam a experiência de fé apenas na participação em uma procissão”. “Mas que no cotidiano da vida deles possam estar engajados em uma comunidade, em uma paróquia, em uma Pastoral, em um grupo ou movimento, ou seja, que essa experiência de vida espiritual possa se estender para o cotidiano da vida de todos eles, de modo que a Igreja possa dizer: ‘Olhe, só! As nossas comunidades, as nossas igrejas, os nossos templos estão cheios, porque os fiéis católicos participam da vida da igreja todos os dias’", conclui.
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