Círio 2022: Basa e Banco do Brasil fazem homenagens com música e 800 kg de papel picado
As homenagens dos dois bancos são algumas das mais icônicas. Outras homenagens com papel picado e balões são tradicionais
Na avenida Presidente Vargas, a berlinda com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré recebeu duas das mais tradicionais homenagens do setor privado: a do Banco do Brasil, logo no início da via, e a do Banco da Amazônia (Basa), cujo edifício-sede fica mais próximo à Praça da República. As instituições promoveram chuva de papel picado, de serpentina e de pétalas de rosas, além de fogos frios e atrações musicais, como o padre carioca Antônio Maria, que voltou a Belém para a Festa do Círio 2022 e se apresentou no palanque do Basa.
No caso do Banco do Brasil, as homenagens à Rainha da Amazônia são realizadas há mais de 30 anos e começaram por iniciativa dos próprios funcionários do banco, posteriormente abraçada pela diretoria do órgão. Segundo Rogério Terasawa, da Superintendência do banco, o BB normalmente convida autoridades, clientes e funcionários para participarem tanto da Trasladação quanto da grande procissão do Círio. "O Círio é o Natal dos paraenses e o Banco do Brasil fica muito feliz em poder participar desse momento e fortalecer a relação com a comunidade. Com relação às homenagens, o Banco do Brasil inovou há alguns anos atrás, com a questão da serpentina e papel picado e, todos os anos, temos mantido e aumentado a quantidade", pontuou. Neste ano, foram cerca de 300 quilos de papel picado e disparos de serpentinas sobre o público. Além disso, a cantora Ana Gabriela, da comunidade católica Shalom, cantou em homenagem à Maria, a convite do banco.
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Já o Basa realizou uma programação especial, tanto no sábado (8) quanto no domingo (9), com o tema “A força da mulher no Círio de Nazaré”. Houve apresentações culturais do Coral Vozes da Amazônia, formado por empregados e ex-empregados do banco; do grupo paraense AMA e do padre Antônio Maria, que trouxe como convidado para conhecer o Círio o padre paulista Jairo Silva. Eles entoaram canções marianas durante a passagem da berlinda em frente ao edifício-sede do banco, que também promoveu queima de fogos frios e chuva de cerca de 500 quilos de pétalas de rosas, trazidas especialmente de Holambra, conhecida como a Cidade das Flores, no interior de São Paulo.
O presidente do Basa, Valdecir Tose, contou que a entidade começou a participar oficialmente das homenagens à Padroeira dos Paraenses há mais de 15 anos, desde quando o Círio de Nazaré foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). "Antes, havia uma homenagem organizada pelos funcionários e há mais de quinze anos começamos a fazer institucionalmente esse movimento", destacou, acrescentando que hoje o Banco conta com quase três mil empregados, dos quais 750 apenas na Grande Belém. "O Basa reúne essas pessoas e elas participam ativamente do Círio, muitas inclusive como voluntárias. Nosso objetivo é agradecer Nossa Senhora por tudo o que ela faz em nossas vidas", completou.
Principal atração musical da homenagem promovida pelo Basa à Virgem de Nazaré, o padre carioca Antônio Maria, aos 77 anos, contou que já participa do Círio há dez, com exceção dos dois últimos anos, quando as procissões foram suspensas, por conta da pandemia de Covid-19. "Como disse Dom Alberto Ramos, esse é o Círio da alegria, o Círio da volta. E o filho sempre se alegra quando volta à casa da mãe. Eu me emociono muito, porque vejo o carinho do povo com o meu sacerdócio e porque sinto o amor de Nossa Senhora, que me trouxe mais uma vez a Belém", pontuou.
Já o padre paulista Jairo Silva, estreante no Círio de Nazaré, contou que sempre teve vontade de conhecer a Festa e que, neste ano, por conta da parceria com o padre Antônio Maria, surgiu a oportunidade. "Para mim, está sendo uma grande graça, uma grande alegria, poder estar aqui e cantar para Nossa Senhora junto com o padre Antônio. Estou vivendo um momento muito especial e intenso desde que cheguei aqui", finalizou.
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