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Deputada Amália Barros: saiba o que é a visão monocular e qual doença causou sua morte

Quem é monocular tem dificuldade com noções de distância, profundidade e espaço, o que prejudica a coordenação motora e, consequentemente, o equilíbrio

O Liberal
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A deputada federal Amália Barros (PL), que faleceu neste domingo (12) após passar por uma cirurgia e ficar internada, possuía uma deficiência chamada "visão monocular". A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a condição é caracterizada quando a pessoa tem visão igual ou inferior a 20% em um dos olhos, enquanto no outro mantém visão normal.

Quem é monocular tem dificuldade com noções de distância, profundidade e espaço, o que prejudica a coordenação motora e, consequentemente, o equilíbrio.

Segundo sites especializados em saúde, entre as causas mais comuns da visão monocular estão algumas doenças, como as anomalias congênitas, as doenças infecciosas intraoculares (toxoplasmose), o glaucoma, as doenças da retina ou da córnea, os tumores intraoculares e os traumatismos oculares.

Visão monocular tem cura?

Não existe cura para a visão monocular, ou seja, é normalmente uma condição irreversível. Mas é importante que o paciente mantenha o acompanhamento oftalmológico para avaliação de rotina e prevenção de outras doenças no olho no qual a visão ainda é preservada. 

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Amália encontrava-se internada desde o início do mês de maio, após passar por um procedimento cirúrgico para remoção de um nódulo no pâncreas

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Existe a reabilitação visual. Aos poucos, a pessoa diagnosticada com visão monocular consegue se adaptar à condição de enxergar com apenas um dos olhos. Assim, as dificuldades iniciais, apesar de não deixarem de existir, podem ser amenizadas.

Amália Barros era deficiente

A parlamentar e também jornalista Amália Barros, que era vice-presidente do PL Mulher nacional, perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos - dormiu enxergando e acordou cega. A causa foi uma infecção chamada toxoplasmose. Ela precisou passar por 12 cirurgias, retirou o globo ocular esquerdo em 2016 e começou a usar prótese.

Em 2021, fundou o Instituto Amália Barros para a realização de campanhas de doação de prótese ocular e lente escleral a pessoas carentes, além de prestar informação e assistência aos monoculares. O Instituto já atendeu e devolveu a autoestima para mais de 95 pessoas de todas as regiões do Brasil.

Ela também inspirou a Lei 14.126/2021, que classifica a visão monocular como deficiência sensorial, legislação que ficou conhecida como Lei Amália Barros. Sua luta assegurou às pessoas com visão monocular os mesmos direitos e benefícios previstos na legislação para pessoas com deficiência. O seu livro, "Se Enxerga", conta sua trajetória.

O que causou a morte de Amália Barros?

Apesar de a visão monocular estar gerando questionamentos, não foi a deficiência que causou a morte da parlamentar. Ela foi hospitalizada e submetida a diversos procedimentos médicos, incluindo a remoção de um tumor no pâncreas. No dia 4 de abril, passou por uma segunda cirurgia, denominada "reabordagem cirúrgica", e saiu dela "estável, consciente e respirando naturalmente". 

Na terça-feira (7), foi submetida a uma drenagem das vias biliares e, na sexta-feira (10), a um procedimento de radiointervenção adicional. De acordo com o boletim médico do último sábado (11), a deputada continuava em estado grave e sob cuidados intensivos. Ela faleceu devido a complicações.

Sites especializados em saúde apontam que os nódulos pancreáticos são massas ou lesões anormais que se desenvolvem no pâncreas, um órgão localizado na parte superior do abdômen, atrás do estômago. Esses nódulos podem ter diversas causas e características, e nem sempre indicam a presença de câncer. A prevalência e a gravidade dos nódulos pancreáticos variam de acordo com o tipo específico de nódulo. São eles:

  • Adenomas: tumores benignos que se desenvolvem nas células glandulares do pâncreas; geralmente são pequenos e não causam sintomas
  • Cistos pancreáticos: cavidades cheias de líquido que se formam no pâncreas; alguns cistos pancreáticos são benignos, enquanto outros têm potencial para se tornar cancerosos
  • Tumores neuroendócrinos: tumores raros, geralmente de crescimento lento, que se formam nas células produtoras de hormônios do pâncreas; nem todos os tumores neuroendócrinos são cancerosos e muitos podem ser tratados com sucesso
  • Câncer do pâncreas (adenocarcinoma): tipo agressivo de câncer que se origina nas células glandulares do pâncreas; geralmente diagnosticado em estágios avançados e têm prognóstico desfavorável
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