VÍDEO: Aluno de 4 anos é agredido por diretor de escola
Imagens foram enviadas para a mãe da vítima por um perfil falso quase um ano depois das agressões
Um menino de 4 anos foi agredido fisicamente pelo diretor de uma escola infantil de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. As câmeras de segurança registraram o momento em que Ananias Nogueira, diretor e dono da escola, sacode o menino contra a parede.
Os pais da criança foram até a delegacia da cidade na tarde da última segunda-feira (10), para prestar queixas. A mãe da criança relatou que, desde o ano passado, o menino chegava em casa com marcas, chorava e demonstrava medo de ir à escola. Ela questionava os hematomas, mas a escola justificava que eram resultados de pirraças.
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Em abril do ano passado, a escola entregou aos pais um relatório sugerindo que o menino fosse afastado dos estudos e retornasse "quando estivesse calmo e medicado". O relatório mencionava dificuldades em manter o aluno em sala de aula com segurança, alegando que sua agitação representava um risco para ele e para os colegas. A escola sugeriu que a matrícula fosse trancada e o conteúdo das aulas fosse enviado para que ele acompanhasse em casa.
Apesar das agressões terem acontecido há quase um ano, a mãe só procurou a polícia na última segunda-feira (10), após receber o vídeo das agressões de um perfil falso. Segundo ela, a escola já havia solicitado diversas vezes que ela fosse buscar o filho mais cedo. A família também procurou o Ministério Público por considerar a transferência "indevida e injustificada".
Em nota, a escola manifestou "repúdio às imagens" e afirmou ser "uma escola rígida, atenta, de ambiente familiar e religioso". A instituição informou que afastou o colaborador e instaurou processo para apuração e sanções disciplinares, reiterando que não tolera qualquer ato de violência.
Nota na íntegra:
"O Colégio Jardim Escola Arco Íris do Gramacho, por meio de sua Direção, vem a público manifestar repúdio às imagens que vêm sendo propagadas, a respeito da instituição. Somos uma escola rígida, atenta, de ambiente familiar e religioso, de forma que alegações em sentido contrário, nos ferem de forma severa.
Há 27 anos, educamos crianças e jovens de nossa cidade e região. Assim sendo, reafirmamos nosso compromisso de que essa missão seja bem feita, bem como reiteramos nosso comprometimento em zelar pelo bem-estar e pela segurança de todos os nossos alunos, professores e tomar conhecimento sobre um suposto caso de agressão, por parte de um colaborador, a um aluno, adotou medidas necessárias, que resultaram no afastamento do referido colaborador.
A ocorrência está sendo investigada com o apoio do Conselho Tutelar. Desta forma, faz questão de ressaltar que não tolera todo e qualquer ato de violência, sendo essa questão de valor, assim como o acolhimento à vítima.
Informamos ainda que já foi instaurado processo para apuração e sanções disciplinares. A escola é contra quaisquer manifestações de violência física que envolva a comunidade discente, por parte de seus membros e/ou direcionadas a qualquer um deles. A escola reitera que qualquer tipo de violência é inaceitável, por se contrapor a valores fundamentais ensinados na própria escola.
Nossa escola é lugar de convívio saudável, diálogo, tolerância e coexistência pacífica entre pessoas das mais diversas orientações políticas, religiosas, de gênero, classe, raça e etnia, por isso não se furtará a adotar as ações cabíveis em relação a esse ou quaisquer outros episódios que representem risco à integridade física ou psicológica de membros de sua comunidade."
*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)
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