Vacinação contra covid passa a ser anual para crianças e grupos prioritários a partir de 2024

O ministério da saúde ainda não detalhou se haverá um mês específico de início da campanha ou se a imunização já estará disponível automaticamente para os grupos prioritários 12 meses após a aplicação da última dose

Bruna Lima
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A partir de 2024, a vacinação contra a covid-19 passa a ser anual para grupos prioritários e também será integrado ao calendário nacional de imunização para crianças entre seis meses a menores de cinco anos, o anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira, 31. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que ainda não recebeu informações oficiais do Ministério da Saúde sobre a inclusão da vacina contra a covid-19 no calendário anual.

De acordo com o anúncio, a partir de 2024, a vacinação passa a acontecer anualmente para públicos prioritários, a exemplo do que ocorre com a campanha de vacinação contra a influenza (gripe). O ministério ainda não detalhou se haverá um mês específico de início da campanha ou se a imunização já estará disponível automaticamente para os grupos prioritários 12 meses após a aplicação da última dose.
Até agora, as ações de imunização contra a doença eram conduzidas de forma excepcional por causa da emergência sanitária. Primeiramente, em 2021, a campanha foi organizada de acordo com a disponibilidade de vacinas e públicos com maior necessidade.
Entre 2022 e 2023, após toda a população adulta ter acesso às duas doses iniciais, foram disponibilizadas vacinas infantis, doses de reforço e o imunizante bivalente, versão atualizada para maior proteção contra as cepas da variante Ômicron.

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, disse em entrevista à imprensa que a "OMS definiu públicos prioritários, como idosos, trabalhadores da saúde", mas grupo foi ampliado no Brasil. "Aqui, nós trabalhamos também com população ribeirinha, indígenas, pessoas com deficiência permanente, moradores e trabalhadores de instituições de longa permanência, que são os públicos mais vulneráveis”, justificou.

Quanto à cobertura vacinal dessa vacina em crianças, a Sespa informa os seguintes dados: crianças de 6 meses a 2 anos a meta é alcançar 343.735, mas o registro é de 4.913 vacinados, o que representa apenas 1,43%. 

Em crianças de de 3 a 4 anos a meta é vacinar 286.412, mas atualmente a realidade é de 27.384 vacinados, o que representa 9,56%.

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