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Tutor de cachorra que desapareceu em aeroporto por 45 dias espera indenização há mais de dois anos

Pandora desapareceu em dezembro de 2021, durante uma conexão no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Tutor luta na Justiça por indenização de R$ 320 mil por danos pessoais e psicológicos.

Beatriz Moura
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Com a repercussão do cachorro Joca, que morreu na última segunda-feira (22/04), após ser transportado de forma errada em avião da Gol, outros casos de transportes de animais por companhias aéreas vieram à tona. Um deles foi o desaparecimento da cachorrinha Pandora por cerca de 45 dias no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no final de 2021.

O tutor da cachorra, Reinaldo Bezerra, luta há mais de anos na Justiça pela indenização de R$ 320 mil da empresa aérea. 

Entenda o que aconteceu 

O tutor, Reinaldo, e a cachorra, Pandora, saíram de Recife (PE) no dia 15 de dezembro de 2012, com destino a Florianópolis (SC). No entanto, a escala em Guarulhos mudou a vida do garçom. Os dois passariam as férias com a família e logo depois se mudariam para a Suíça. 

Durante a troca de aeronave, Pandora escapou da gaiola fornecida pela Gol e sumiu nas dependências do aeroporto. Ela foi encontrada apenas no dia 30 de janeiro de 2022.

Vítima de golpe

Nas buscas, Reinaldo ainda foi vítima de golpe na busca pelo pet. “Coloquei uma recompensa de R$ 7 mil para quem achasse ela. Recebi uma ligação de um rapaz dizendo que tinha encontrado a Pandora numa comunidade de Guarulhos. Ele tinha um vídeo que realmente parecia muito a cachorra. Resolvi ir até lá conferir, mas chegando, fui rendido por um grupo armado. Eles me amarraram e exigiram que eu fizesse um Pix para eles, com o dinheiro da recompensa”, contou.

Reinaldo foi solto após relatar que estava em busca da cachorra com ajuda da Polícia Civil. “Resolveram me soltar, com o compromisso que eu não denunciasse o local onde fui amarrado”, relembra Reinaldo.

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Indenização 

Pouco mais de dois anos, o tutor continua no aguardo pela indenização de R$ 320 mil por danos pessoais e psicológicos que viveu no período de buscas pela cachorra.

O processo corre na Justiça paulista ainda na 1ª instância. O garçom processou a empresa aérea Gol e a concessionária GRU Airport, que administra o terminal de Guarulhos. Segundo ele, durante todo o tempo de buscas, a GRU Airport dizia que não tinha imagens do desaparecimento de Pandora.

No decorrer das investigações pela Polícia Civil, foram descobertas várias imagens que mostravam a circulação da cachorrinha pelo terminal, até que ela fugiu por um buraco nas grades do aeroporto.

De acordo com o advogado do garçom, Leandro Petraglia, o processo ainda não foi concluído porque as empresas processadas pediram uma perícia nas despesas clínicas da cachorra Pandora. Após o desaparecimento, a cachorrinha foi encontrada com oito quilos a menos e alguns problemas de saúde que até hoje demandam cuidados veterinários.

(Beatriz Moura, estagiária sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)

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