Saiba quem é Larissa Moraes, jovem em estado vegetativo há 1 ano após cirurgia de mandíbula
Caso de procedimento de correção de mandíbula realizado em 2023 foi levado ao Ministério Público de Minas Gerais. Hospital, médico-cirurgião e o médico anestesista são investigados pela Polícia Civil.
Larissa Moraes de Carvalho, de 31 anos, está em estado vegetativo há cerca de um ano após complicações em uma cirurgia ortognática realizada em 2023, na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, Minas Gerais. Segundo a família, o procedimento de correção da mandíbula era indicado por dentistas desde a infância da estudante de Medicina.
Cirurgia de Mandíbula
Após o procedimento de correção da “mordida cruzada” — quando ocorre um adiantamento da mandíbula em relação ao maxilar superior — Larissa passou pela recuperação pós-anestésica normalmente e logo em seguida sofreu uma parada cardiorrespiratória. “Larissa chegou ao quarto já desacordada, quando me pediram para sair rapidamente”, declarou o pai da estudante.
Ela chegou a ser reanimada e permaneceu internada na unidade de saúde por mais de um ano, mas não voltou a ficar consciente. Após a parada cardiorrespiratória, Larissa ficou um mês no Centro de Terapia Intensivo (CTI), pegou pneumonia e infecção urinária. Depois foi transferida para um quarto, onde permaneceu até março deste ano. Há um mês, ela foi levada para casa da família em Minas Gerais e segue em tratamento domiciliar.
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Carreira Profissional
Aos 31 anos, a jovem morava no Rio de Janeiro para estudar Medicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), sua segunda graduação. Larissa é formada em Farmácia pela Universidade Federal de Juiz de Fora, com especialização em indústria de Alimentos e Bebidas, tendo trabalhado com a produção da cervejaria Heineken.
Durante a formação, também realizou um intercâmbio para complementar os estudos. A jovem morou, entre 2014 e 2015, na cidade de Bristol, na Inglaterra, onde se graduou em Ciência Forense pela University of the West of England.
Morte é investigada
O caso foi levado ao Ministério Público de Minas Gerais e, em setembro de 2023, o promotor Jorge Tobias de Souza determinou a abertura de investigação pela Polícia Civil, que abriu inquérito e colheu depoimentos. O hospital, o médico-cirurgião e o médico anestesista são investigados. A família aguarda respostas sobre o erro do procedimento, que levou a jovem a ficar em estado vegetativo.
(Beatriz Moura, estagiária sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)
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