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Saiba como usar a nota do Enem para concorrer a vagas em faculdades no Brasil e no exterior

São mais de 3,9 milhões de pessoas inscritas para o exame, que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país

O Liberal
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Em 2023, estudantes podem usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como porta de entrada para faculdades públicas e privadas no Brasil. Agora, para muitos, a novidade é que a nota também pode ser usada em processos seletivos de universidades no exterior.
São mais de 3,9 milhões de pessoas inscritas para o exame, que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. O gabarito oficial sai no dia 24 de novembro, e o resultado com as notas será divulgado em 16 de janeiro.

Saiba como e onde usar o Enem para garantir uma vaga no ensino superior. 
No exterior
PORTUGAL

Em Portugal, 51 instituições, incluindo universidades, institutos politécnicos e escolas superiores, aceitam as notas do Enem em seus processos de admissão. O país europeu é o que mais aceita o Enem como vestibular, além do Brasil, graças a um acordo entre os dois governos, mas cada instituição define os próprios regulamentos para uso das notas.

As instituições de educação superior portuguesas que aceitam o Enem são:

  1. Universidade de Coimbra (UC);
  2. Universidade do Algarve (UAlg);
  3. Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria);
  4. Instituto Politécnico de Beja (IPBeja);
  5. Instituto Politécnico do Porto (P.Porto);
  6. Instituto Politécnico Portalegre (IPP);
  7. Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA);
  8. Instituto Politécnico de Coimbra (IPC);
  9. Universidade de Aveiro (UA);
  10. Instituto Politécnico da Guarda (IPG);
  11. Universidade de Lisboa (ULisboa);
  12. Universidade do Porto (U.Porto);
  13. Universidade da Madeira (UMa);
  14. Instituto Politécnico de Viseu (IPV);
  15. Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarem);
  16. Universidade dos Açores (UAc);
  17. Universidade da Beira Interior (UBI);
  18. Universidade do Minho;
  19. Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (Cespu);
  20. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Universidade Lusófona);
  21. Instituto Politécnico de Setúbal (IPS);
  22. Instituto Politécnico de Bragança (IPB);
  23. Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB);
  24. Universidade Lusófona do Porto (ULP);
  25. Universidade Portucalense (UPT);
  26. Instituto Universitário da Maia (Ismai);
  27. Instituto Politécnico da Maia (Ipmaia);
  28. Universidade Católica Portuguesa (UCP);
  29. Universidade Fernando Pessoa (UFP);
  30. Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (Ispa);
  31. Instituto Leonardo da Vinci (ILV);
  32. Escola Superior de Saúde do Alcoitão (Essa);
  33. Universidade Lusíada – Norte;
  34. Universidade Lusíada;
  35. Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC);
  36. Escola Superior Artística do Porto (Esap);
  37. Universidade Europeia;
  38. Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL);
  39. Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa (ESSNorteCVP);
  40. Universidade Autônoma de Lisboa (UAL);
  41. Instituto Politécnico da Lusofonia (Ipluso);
  42. Instituto de Estudos Superiores de Fafe (IESFafe);
  43. Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (Ismat);
  44. Instituto Superior Dom Dinis (Isdom);
  45. Instituto Superior de Gestão (ISG);
  46. Instituto Superior de Gestão e Administração de Santarém (Isla Santarém);
  47. Instituto Superior de Gestão e Administração de Gaia (Isla Gaia);
  48. Instituto Português de Administração de Marketing (Ipam) de Lisboa;
  49. Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC);
  50. Instituto Português de Administração de Marketing (Ipam) do Porto;
  51. Universidade Nova de Lisboa.


ESTADOS UNIDOS

Pelo menos 4 universidades dos Estados Unidos aceitam a nota do Enem como critério de ingresso. O processo seletivo para estas instituições também pode envolver outros passos, como o exame de proficiência em inglês e o comprovante de conclusão do ensino médio. São elas:

  1. Universidade de Nova York;
  2. Universidade Drexel;
  3. Northeastern University;
  4. Universidade Temple.


REINO UNIDO

Algumas universidades do Reino Unido levam em conta a nota do Enem no processo de admissão. Outros passos também podem ser necessários no processo de admissão e matrícula.

  1. Universidade de Glasgow;
  2. Birkbeck - Universidade de Londres;
  3. Universidade de Loughborough;
  4. Universidade Nottingham Trent.


CANADÁ

No Canadá, pelo menos a Universidade de Toronto e a Universidade Metropolitana de Toronto aceitam o Enem como parte do processo de ingresso em suas graduações. As universidades também podem estabelecer outras etapas para o processo de admissão.

No Brasil
O governo federal possui três programas nacionais para ingresso no ensino superior por meio das notas do Enem. Eles funcionam para admissão em universidades públicas, concessão de bolsas em instituições privadas ou financiamento de cursos em faculdades particulares.

SISU

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o programa do Ministério da Educação (MEC) que seleciona estudantes para universidades públicas.

Como funciona: O aluno pode mudar suas opções de curso no sistema quantas vezes quiser, ao longo do período de inscrição, tomando como base as notas de corte parciais divulgadas diariamente. Há vagas para cotistas (as regras variam de instituição para instituição).
Pré-requisitos: ter prestado a edição mais recente do Enem e tirado nota superior a zero na redação.

PROUNI

O Programa Universidade para Todos (Prouni) é uma iniciativa do MEC que oferece bolsas integrais (100%) e parciais (50% de desconto) em instituições de ensino particulares.

Como funciona: O candidato deve indicar, em ordem de preferência, até duas opções de curso (selecionando a instituição de ensino e o turno). Depois, é necessário marcar se quer participar na modalidade de ampla concorrência ou de cotas. Por fim, precisa monitorar, a cada dia, a nota parcial para aqueles cursos. Se quiser, pode mudar suas escolhas (valerá a última opção marcada no período de inscrições).
Pré-requisitos: Ter cursado os três anos do ensino médio em escolas da rede pública ou com bolsa integral (100%) em colégios privados, e pertencer a uma família com renda per capita de até 3 salários mínimos.
Tipos de bolsa: integral (renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo) e parcial (que cobre 50% da mensalidade, para renda familiar mensal per capita de 1,5 a 3 salários mínimos).

FIES

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal que paga parte das mensalidades de estudantes em universidades e faculdades privadas, com a contrapartida de os beneficiários quitarem o financiamento após a formatura.

Como funciona: O crédito pode cobrir de 50% a 100% da mensalidade do curso, com juros que dependem da renda familiar do candidato.
Pré-requisitos: Pode se inscrever no processo seletivo quem participou de qualquer edição do Enem desde 2010, com média mínima de 450 nas cinco áreas do conhecimento e nota superior a zero na redação. O candidato deve ter renda familiar mensal per capita de até 3 salários mínimos.

 Alvo de críticas, o Fies não garante o financiamento de 100%, e os alunos, sem condições de pagar o restante, acabam depois se endividando.

Universidades privadas no Brasil
Há instituições privadas de ensino superior que usam a nota do Enem no processo seletivo ou que oferecem descontos nas mensalidades a partir do desempenho do candidato nesse exame. As regras e datas variam de universidade para universidade.

Estudantes contam como usaram o Enem para estudar fora do Brasil

A estudante Guilia Coimbra passou por momentos de muito nervosismo até ingressar na Universidade de Coimbra, em Portugal, usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A estudante conta que todo planejamento foi válido.

“Eu passei duas semanas de muito nervosismo na espera do resultado e, por fim, estava lá meu nome, uma mistura de felicidade e ansiedade que nada pode descrever”, disse a estudante, que está no terceiro ano do curso de engenharia civil na universidade portuguesa.

Localizada na cidade de Coimbra, em Portugal, a universidade é a instituição de ensino superior mais antiga do país e uma das mais prestigiadas da Europa. Em 2013, foi incluída na lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Foi também a primeira universidade estrangeira a firmar convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para o uso das notas do Enem no processo seletivo. Atualmente essa lista conta com 51 universidades portuguesas. A relação completa está disponível na página do Inep.

Cada uma delas tem uma exigência específica em relação à nota que deve ser obtida nas provas e em relação aos requisitos necessários para os novos alunos. O estudante deve se informar o que é necessário para ingressar na universidade que deseja. O ensino não é gratuito, mas é possível buscar bolsas de estudo para ajudar nos custos.

Quem passou e está passando pela experiência de estudar fora recomenda: é importante planejar e se preparar para as provas, para obter bom desempenho.

Giulia é de Campinas (SP) e cursou o terceiro ano do ensino médio em meio à pandemia. “Isso dificultou muitas coisas, porém consegui conciliar tudo e estudar em casa sozinha mesmo. Devido à minha condição financeira na época, não pude pagar cursinho, então achei no Youtube um cursinho gratuito, de professores da cidade de São Carlos (SP), que queriam ajudar os alunos na pandemia e me inscrevi. Fui aceita e estudei por um ano inteiro todos os dias - dias de semana e fins de semana -, fazendo resumos e assistindo às aulas do cursinho. Minha média diária de estudo era de 11 horas nos dias de semana”, conta a estudante.

Uma estratégia usada por ela foi colar post-its nos locais onde mais ia na casa, com as fórmulas, datas e informações importantes. “Ou seja, sempre que ia à cozinha fazer um café,eu lia as datas das guerras, por exemplo”.

Ela também recomenda cuidado com o corpo.  “Além de estudar, também considero muito importante cuidar da mente e do corpo, eu treinava todos os dias uma hora, dentro de casa mesmo, com vídeos do Youtube também, alternando entre dança, musculação, entre outros. Ter esse escape me ajudou muito, se você tem algum hobby, não o abandone pelo Enem, ele vai te ajudar, acredite”.  

A realização de um sonho 
Para o estudante Mateus Nishiyama, estudar fora do país era um sonho. “Sempre tive muto interesse de abrir esses horizontes, de descobrir um lugar novo, cultura nova, ter essa experiência de morar e estudar fora do país”. Nishiyama nasceu no Japão e viveu no país até os 4 anos de idade. Como a família é metade brasileira, ele mudou-se para Aquidauana (MS), onde estudou até ser aprovado na Universidade de Coimbra, no curso de relações internacionais.  

Assim como Giulia Borim, Nishiyama fez o Enem em meio à pandemia, em 2021. Ele também buscou, na internet, a complementação para os estudos. Cursou o ensino médio no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e, para se preparar para o Enem, buscou um curso de redação, prova que considera o diferencial no Enem. Apesar de toda a ansiedade no preparo, ele conta que a vontade de estudar fora foi o que o motivou. “De certo modo, é um combustível para ajudar nesse caminho, que nem sempre é fácil, sempre tem esse momento de ansiedade, de dúvida”, diz.

Ele também recomenda muito planejamento. “Seja o planejamento com o estudo, seja do que quer fazer, seja o planejamento financeiro para quando for mudar. Tudo parte de um planejamento e isso é muito importante para que consiga se colocar na realidade a respeito das oportunidades e possibilidades. O que quer fazer, o que pode fazer e quais são as suas opções. Acho que isso é muito importante, principalmente quando você vai mudar para outro país.  Saber, de forma mais prática, qual custo de vida para se mudar, quais as opções de curso, quais os documentos que preciso”.

Os estudantes contam que tiveram muito apoio da universidade em todas as dúvidas no processo seletivo e também no processo de adaptação, quando chegaram em Coimbra.
 

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A professora de redação Treicy Castro, de Belém, dá dicas acerca do que é permitido e do que é proibido na hora da prova. E, ainda, detalha como se planejar para evitar se atrasar

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