RS: Justiça determina que Facebook e Instagram retirem conteúdo falso publicado por Nego Di

Publicações questionam atuação do Estado em ações de socorro às vítimas da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul

O Liberal
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A empresa Meta Plataforms, responsável pelo Facebook e pelo Instagram, deve excluir, dentro de 24 horas, as publicações de um influenciador com conteúdo com desinformação que questionam a atuação do Estado em ações de socorro às vítimas da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul. A decisão é da juíza de plantão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), Fernanda Ajnhorn.

O nome alvo da ação não foi divulgado, mas o jornal gaúcho Zero Hora apurou que se trata de Dilson Alves da Silva Neto, o ex-BBB e comediante Nego Di. Ele confirmou, por meio de sua conta no X (antigo Twitter), que foi alvo do Ministério Público, mas não deu outros detalhes. Confira a publicação:

image Captura de tela da postagem de Nego Di sobre a ação do MP (X @negodioficial)

Essa determinação atende a uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Para o órgão, os perfis têm grande alcance público, com milhões de seguidores, e compartilham informações que emitem juízos de valor sem conhecimento integral dos fatos ou apreciações sobre o trabalho realizado pelos órgãos estaduais sem qualquer embasamento.

"Desta forma, causam incerteza, descrédito e fomentam o caos na população com prejuízo no atendimento às vítimas da maior tragédia da história do Rio Grande do Sul", sustentou o MPRS.

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Nego Di noticiou nos seus perfis nas redes sociais, sem provas, que o governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e a Brigada Militar "estariam obstando que barcos e jet skis, de propriedade privada, realizassem salvamentos e resgates na região de Canoas, por suposta ausência de habilitação dos condutores destes meios de locomoção".

Ele também chegou a compartilhar imagens de cadáveres boiando, que seriam de inundações antigas. Uma imagem foi identificada como sendo de uma tragédia no Rio de Janeiro. No Instagram, o influenciador tem mais de 10 milhões de seguidores.

A juíza que assinou a decisão liminar pontuou que a disseminação de conteúdo falso atrapalha o trabalho de socorro. "A disseminação de informações inverídicas, sem embasamento na realidade sobre a atuação estatal, atrapalha o delicado trabalho de socorro, gerando incerteza e insegurança à população, com potencial de desestimular a ajuda da sociedade civil", apontou a magistrada em nota. Ela ainda determinou que o autor das notícias falsas não poderá reiterar as afirmações, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 100 mil.

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