Região Norte tem a menor cobertura de coleta seletiva no Brasil, aponta IBGE
O levantamento revela que, na região, 42,2% dos municípios dispõem de instrumentos legais sobre coleta seletiva, o que mostra uma disparidade entre a existência de regulamentações e sua implementação prática
A Região Norte apresenta os menores índices de coleta seletiva no país, com apenas 33,5% dos municípios oferecendo o serviço, conforme dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2023 - Suplemento de Saneamento, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento também revela que, na região, 42,2% dos municípios dispõem de instrumentos legais sobre coleta seletiva, o que mostra uma disparidade entre a existência de regulamentações e sua implementação prática.
Os dados reforçam a necessidade de avanços na gestão de resíduos sólidos no Norte, onde a cobertura do serviço de coleta seletiva está abaixo da média nacional, que alcança 60,5% dos municípios. A diferença é ainda mais expressiva ao se comparar com o Sul, a região mais avançada, com 81,9% dos municípios atendidos e 74,5% com legislação específica.
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Catadores
No Norte, 72,6% dos municípios contam com catadores informais, enquanto apenas 16,7% possuem entidades organizadas, como cooperativas e associações, atuando diretamente na coleta seletiva. Esses números são inferiores à média nacional, que registra a presença de entidades em 27% dos municípios e de catadores informais em 73,7%.
Desafios
A pesquisa reflete a necessidade de ampliar políticas públicas voltadas para a coleta seletiva no Norte, integrando maior participação de catadores organizados e incentivando o cumprimento das diretrizes estabelecidas pela PNRS. A expansão desse serviço é essencial para reduzir os impactos ambientais, fortalecer a economia circular e promover melhores condições de vida para os trabalhadores envolvidos no manejo de resíduos.
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