PM mulher sorri ao golpear genitálias de rapazes durante abordagem
Polícia Militar de São Paulo informou que abriu procedimento interno para analisar a conduta dos policiais que aparecem nas imagens
Uma policial militar foi flagrada revistando dois rapazes de forma violenta e sorrindo após golpeá-los nas genitálias. O caso ocorreu durante uma abordagem numa comunidade da Zona Norte de São Paulo. No vídeo que circula nas redes sociais, a policial militar aparece com a arma em punho ordenando com palavrões que os jovens parem: "Desce todo mundo, vai! Desce, caralho!". As informações são do G1 São Paulo.
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Em seguida, um PM diz para o grupo: "É para aprender.. Olhar pra trás por quê? Alguém autorizou você olhar pra trás?". A mulher então aparece atrás de um rapaz, que está de pernas abertas e mãos atrás da cabeça e fala: "Afasta mais... Afasta mais, afasta mais" . Na revista, ela dá um golpe com o braço direito em direção a genitália dele, que diz: "Ai, cara...".
A PM sorri e vai em direção ao outro jovem, também para revistá-lo. As imagens mostram que ela conversa com uma outra pessoa enquanto revista o suspeito. "Está achando graça?", diz a policial. "Por quê? Tá rindo do quê?". Ela então dá dois golpes com o antebraço nas partes íntimas do segundo rapaz, que chega a erguer os pés com o impacto do golpe.
O vídeo termina com uma voz masculina, que seria do policial militar, dizendo: "Já era..."
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que abriu procedimento interno para analisar a conduta dos policiais que aparecem no vídeo participando das agressões. “A Polícia Militar esclarece que a instituição não compactua com desvios de condutas de seus agentes. Qualquer irregularidade é investigada e punida de maneira exemplar”, diz a nota.
De acordo com a PM, a equipe já foi identificada e o caso está sendo apurado; “Esclarecemos ainda que os fatos se deram na região da Brasilândia", termina a nota da PM.
Para o advogado Ariel de Castro Alves, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, os agentes cometeram crimes de "abuso de autoridade, lesão corporal, importunação sexual ou até tortura".
Um dos jovens abordados disse que ele e mais dois amigos são vítimas de abordagem violenta da Polícia Militar, e que irá procurar as autoridades para denunciar o que chamou de 'tortura'.
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