Mulher mantinha mãe idosa morta há meses em casa e mentia para vizinhos

Segundo moradores próximos, a mulher dizia que a mãe, uma idosa de 75 anos, havia sido enterrada há meses

Gabriel Bentes
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Uma mulher de quase 50 anos, que não teve a identidade revelada, manteve por meses o cadáver da mãe na casa em que moravam. O corpo de Maria Auxiliadora de Andrade Santos, de 75 anos, foi encontrado em avançado estado de decomposição pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no último sábado (8). Ela residia com a filha em um apartamento na Zona Norte do Rio de Janeiro.

De acordo com relatos dos vizinhos, a filha, que é farmacêutica, dizia que a mãe tinha morrido e sido enterrada há três meses. No entanto, ela mantinha o corpo morto da mãe por mais de seis meses no apartamento.

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Os relatos ainda contam que Maria Auxiliadora era uma idosa ativa, que andava pelo bairro e ia ao culto com uma amiga, a qual, preocupada com o desaparecimento, perguntou à filha sobre a idosa. A mulher alegou que a mãe estava com problemas de saúde e que ninguém poderia visitá-la.

Após três meses, a filha informou aos vizinhos que a mãe havia falecido, mas não teve tempo de comunicar aos vizinhos próximos sobre o enterro. Uma vizinha informou ao Globo que não havia mau cheiro, mas que as janelas do apartamento estavam sempre fechadas.

“A única coisa que a gente percebeu é que o apartamento passou sempre a estar fechado, mas o cheiro ruim não tinha. Não senti nem ouvi isso de ninguém. A dona Maria Auxiliadora sempre morou aqui. Antes era com o marido, o filho e a filha, mas depois o companheiro faleceu. O filho também acabou morrendo de Covid, então ficaram só elas duas”, disse a vizinha, que preferiu não se identificar.

Mudança de comportamento e suposta conservação do cadáver

Um segundo vizinho do prédio relatou que percebeu uma mudança de comportamento no comportamento da filha da idosa.

“Ela andava com uma feição meio estranha. O comportamento também mudou, não parecia estar bem nem se comportar como a conhecíamos, mas nada que a gente pudesse imaginar que estaria acontecendo uma coisa dessa. Ela era farmacêutica. Pelo que vimos e soubemos nos comentários aqui da rua no sábado, ela estaria manipulando remédios e formol para manter o corpo com menos cheiro”, relatou o vizinho.

Descoberta da ocultação de cadáver

De acordo com informações apuradas pelo Globo, um morador relatou que a neta de Maria Auxiliadora foi quem chamou o Samu, depois que a mãe dela passou mal.

“O que ficamos sabendo aqui foi que ela se sentiu mal e pediu ajuda para a filha, de 22 anos. A mãe já beira os 50 anos. A filha dela ligou para o Samu. Quando os médicos vieram, acabaram descobrindo tudo. Foi uma surpresa para a gente, um caso assustador. Ninguém imaginava isso”, disse o morador.

A 27ª DP (Vicente de Carvalho) está investigando o caso. Uma perícia foi realizada no cadáver. Após depoimento, a filha da farmacêutica que escondeu o cádaver foi liberada.

(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editora web de oliberal.com)

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