Mulher é presa acusada de usar motor de geladeira em procedimentos de lipoaspiração
Suspeita enfrentará acusações por exercício ilegal das profissões médica e farmacêutica e ambém poderá responder por tráfico de substâncias entorpecentes
Uma mulher foi detida pela Polícia Militar de Goiás sob a suspeita de realizar cirurgias plásticas em uma clínica clandestina improvisada na residência de sua mãe, localizada em Goiânia.
Márcia Melo Moreira, de 42 anos, foi detida na última sexta-feira (25). De acordo com informações da PMGO, a mulher estava utilizando um motor de geladeira adaptado como compressor de ar para realizar procedimentos de lipoaspiração.
Conforme detalhado pela Polícia Civil, uma vez que se trata de uma infração cuja pena máxima não ultrapassa dois anos de detenção, a mulher assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e será processada em liberdade.
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Pacientes sofrem com sequelas
Segundo as autoridades da PMGO, essa mulher vinha conduzindo tais procedimentos na clínica clandestina desde o ano passado. A situação veio à tona após uma denúncia feita por uma paciente que teve sequelas após passar por um desses procedimentos.
O delegado Carlos da Cruz, encarregado da investigação, divulgou que a suspeita enfrentará acusações por exercício ilegal das profissões médica e farmacêutica. Além disso, de acordo com o investigador, ela também poderá responder por tráfico de substâncias entorpecentes, visto que alguns dos medicamentos que utilizava só podem ser manipulados por farmacêuticos.
De acordo com a PMGO, a mulher alegou ter cursado biomedicina, no entanto, não obteve o diploma devido a pendências documentais. Durante a operação na clínica clandestina, diversos medicamentos e equipamentos utilizados nos procedimentos estéticos foram apreendidos.
Até o presente momento, 16 mulheres entraram em contato com as autoridades policiais para imputar acusações à suposta esteticista. Dentre as alegações, estão relatos de sequelas resultantes de procedimentos mal executados.
Uma das vítimas compartilhou suas experiências em uma postagem no perfil oficial da Polícia Militar de Goiás no Instagram, utilizando uma reportagem veiculada pelo Jornal Anhanguera. A vítima não foi identificada e apenas sua voz pode ser ouvida na gravação. "Eu quero que ela seja responsabilizada pelo que ela fez, sabe? Eu espero que a justiça seja feita para que ela não possa fazer isso com outras mulheres."
De acordo com informações da Polícia Militar, a mulher acusada de exercer ilegalmente a profissão de esteticista poderá enfrentar acusações de lesão corporal, prática ilegal da medicina e uso de documentos falsificados. A postagem da polícia indica que ela estaria realizando "cirurgias estéticas clandestinas".
Um outro exemplo das condições precárias em que esses procedimentos eram conduzidos é o uso de um motor de geladeira adaptado como compressor durante lipoaspirações.
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