Polícia investiga homem que se passava por médico em Conceição do Araguaia
A própria direção do hospital acionou a polícia após desconfiar das atitudes do profissional; a Sespa vai instaurar sindicância para apurar o ocorrido
A Polícia Civil do Pará (PCPA) investiga o caso de um homem que estaria exercendo a medicina de forma irregular e, supostamente, valendo-se de falsa identidade no Hospital Regional de Conceição do Araguaia (HRCA), no sudeste do Estado. Ele foi preso em flagrante, no último sábado (6), após a saída do terceiro plantão cumprido por ele na unidade hospitalar. A direção do hospital acionou a polícia depois de suspeitar das atitudes do falso médico. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) disse que vai instaurar sindicância para apurar o ocorrido.
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Em comunicado enviado à redação integrada de O Liberal, a Polícia Civil afirma que o caso está sendo investigado pela delegacia do município. “De acordo com informações preliminares, o homem utilizava o CRM de um médico do estado de São Paulo para atuar no hospital. O acusado foi conduzido à delegacia e autuado em flagrante por exercício ilegal da medicina e falsa identidade. A investigação da polícia continua”, diz o texto da nota.
Colegas de trabalho teriam desconfiado da falta de conhecimento do suposto profissional em relação a diversos procedimentos. Foi nesse momento que a direção do hospital regional teria acionado a polícia, que efetuou a prisão. Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que vai instaurar uma sindicância para apurar o ocorrido. “O médico não era contratado do Hospital Regional de Conceição do Araguaia (HRCA) e cobria um plantão quando foi identificada a irregularidade. A direção do hospital acionou a polícia e o acusado foi conduzido à delegacia”, detalhou a Sespa.
De acordo com a polícia, na delegacia o suspeito teria informado que era formado em Medicina na Bolívia, mas aguardava para fazer o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), realizado anualmente para validar diplomas médicos expedidos por universidades estrangeiras. Segundo a polícia, o "médico" não apresentou nenhum documento que comprovasse a formação.
A reportagem de O Liberal também entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina (CRM-Pará). Porém, devido ao fato do profissional não ser registrado em nenhuma representação vinculada, o conselho não se manifestará sobre o assunto, deixando a cargo da Polícia Civil toda a investigação.
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