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Motorista de aplicativo ferido durante execução de empresário em aeroporto de SP morre em hospital

Celso Novais, de 41 anos, foi atingido por tiro de fuzil durante o atentado que matou Antônio Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo; outras duas pessoas ficaram feridas

Jamille Marques | Especial para O Liberal

O motorista de aplicativo ferido durante o atentado que resultou na morte do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, conhecido como delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo, não resistiu aos ferimentos e faleceu neste sábado, 9, conforme informado pela família e autoridades.

Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi atingido por um tiro de fuzil nas costas e estava internado em estado grave na UTI do Hospital Geral de Guarulhos. Morador da cidade de Guarulhos, ele deixa três filhos.

Outro ferido foi um funcionário terceirizado do aeroporto, que teve lesões na mão durante o ataque e permanece em observação no hospital.

Uma terceira vítima, uma mulher de 28 anos, foi atingida de raspão no abdômen e já recebeu alta médica.

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Além dele ter sido executado, mais três pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para o Hospital Geral de Guarulhos.

Neste sábado, 9, a polícia apreendeu duas armas, um fuzil e uma pistola, encontrados próximo ao local onde o veículo dos suspeitos foi abandonado, cerca de 7 km do aeroporto. Até o momento, não há confirmação pericial de que essas armas foram utilizadas no crime.

Relembre o caso

O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi alvejado em plena luz do dia, por volta das 16h, na área de desembarque do Terminal 2, quando dois homens armados desembarcaram de um carro preto e abriram fogo. Ele foi atingido por dez disparos, segundo o registro da Polícia Civil, e os autores do crime permanecem foragidos até o momento da publicação desta matéria.

De acordo com a polícia, ao menos 29 tiros de diferentes calibres foram disparados. Gritzbach recebeu 4 tiros no braço direito, 2 no rosto, 1 nas costas, 1 na perna esquerda, 1 no tórax e 1 no flanco direito, região entre a cintura e a costela.

Ele estava sendo investigado por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em março, comprometendo-se a revelar esquemas de lavagem de dinheiro.

Em seus depoimentos, o empresário acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de extorsão, alegando que o policial teria exigido dinheiro para não implicá-lo no assassinato de um integrante do PCC conhecido como Anselmo Santa, ou Cara Preta. Além disso, ele forneceu informações que resultaram na prisão de dois policiais civis do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

Policiais militares contratados para escolta alegam problema mecânico

De acordo com o MP-SP, foi oferecida segurança ao empresário diversas vezes, mas ele optou por não aceitar. Em vez disso, Gritzbach contratou quatro seguranças, todos policiais militares, mas nenhum deles estava presente no momento do assassinato.

Segundo o depoimento de dois dos policiais, o carro que seria usado para buscar Gritzbach e sua namorada no aeroporto apresentou um problema na ignição, impedindo a chegada ao local. O outro veículo, que já transportava quatro pessoas, precisou retornar para deixar um dos ocupantes em um posto de combustível.

Investigadores ainda analisam essa versão, uma das hipóteses em investigação pelo DHPP é de que os seguranças possam ter falhado propositalmente.

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