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Médico tentou comprar silêncio de vítima de estupro por R$ 20 mil, afirma familiar

O médico proctologista é acusado de estuprar pacientes após cirurgias de hemorroidas, com quatro denúncias formalizadas contra ele

Carolina Mota
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O médico proctologista acusado de estupro, Paulo Augusto Berchielli, de 63 anos, tentou comprar o silêncio de uma das vítimas por R$ 20 mil, segundo depoimento de um sobrinho dela à polícia. Berchielli teria afirmado aos familiares da mulher, que é enfermeira e tem 47 anos, que a relação foi consensual, mas queria evitar "problemas" com a justiça.

Conforme o relato do sobrinho, o ato sexual foi cometido contra a enfermeira logo após a cirurgia de hemorroida e ela ainda estava sob o efeito da anestesia.

“O investigado questionou se não teria outra forma de resolver [o estupro], propondo um acordo extrajudicial, oferecendo a quantia de R$ 20 mil, visto que teria ocorrido o ato com consentimento da vítima e não teria nada para provar”, diz trecho do depoimento.

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De acordo com o inquérito policial, a vítima em questão revelou que o valor oferecido, na verdade, foi de R$ 65 mil. “Eu não quero dinheiro, eu quero esse monstro na cadeia”, frisou a vítima.

Sequelas

A vítima acrescentou ao depoimento que o estupro foi cometido no mesmo local onde o procedimento foi realizado e logo após a cirurgia. Quando despertou, ela sentiu fortes dores no ânus.

Agora, ela não consegue se segurar para defecar e precisa fazer uso de fraldas. “Ele [abuso sexual] mudou toda a minha vida. Fico muito em casa agora. Fui demitida e só saio de casa para ir à faculdade, quando uso fralda. Passo por esse constrangimento”.

A enfermeira diz que começou a estudar direito motivada pelo crime que sofreu. Ela afirma que, ao se tornar advogada, pretende promover justiça contra pessoas como o médico que a estuprou.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) afirmou investigar o cirurgião, “sob sigilo determinado por lei”. “O Conselho esclarece, ainda, que, até o momento, não foi notificado oficialmente sobre o mandado de prisão.”

*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com

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