Máquinas de bichinho são da milícia? Entenda o possível envolvimento
No Rio de Janeiro, polícia acredita que milicianos e bicheiros estariam usando os equipamentos para lavar dinheiro do crime
A Polícia Civil (PC) do Rio de Janeiro, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), iniciou investigações para descobrir se há fraudes nas máquinas de bicho de pelúcia da cidade, pois milicianos e bicheiros estariam usando os equipamentos para lavar dinheiro do crime.
Na última terça-feira (07), a PC realizou a operação “Mãos Leves” e apreendeu mais de 80 dessas máquinas que estavam em shoppings da capital e de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e em um galpão, em Jacarezinho, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro.
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As informações que levaram o início da operação foi uma suspeita de que os equipamentos estariam sendo programados para permitir a captura do prêmio somente depois de um determinado número de jogadas. Caso a suspeita seja confirmada, o crime configura a contravenção de exploração de jogos de azar, algo que é proibido no Brasil, através da Lei nº 3.688, conhecida como Lei das Contravenções Penais.
“Durante a perícia que constatou a falsificação, surgiu a desconfiança de que o sistema das máquinas era fraudado, só permitindo que o prêmio saia após um determinado número de jogadas. Não tem nada a ver com a habilidade de quem está jogando. Não foi possível chegar em todas as máquinas do Rio, mas é um esquema de milhões de reais”, disse o delegado Pedro Brasil, titular da DRCPIM.
Um técnico em eletrônica e funcionários que trabalhavam na montagem das máquinas foram levados à DRCPIM depor, mas não falaram nada sobre o caso. As máquinas foram apreendidas e levadas para perícia.
A PC ainda reforçou que a segunda parte da operação focará na investigação da parte financeira desse esquema, que deve pode estar sendo utilizada por miliciano e contraventores.
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