Lula diz que tirar Brasil do Mapa da Fome é compromisso mais urgente do governo

Presidente participou de reunião ministerial do G20, no Rio de Janeiro

Marcela Ayres e Bernardo Caram/Reuters
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (24/7) que acabar com a fome no país é o compromisso mais urgente do governo, e prometeu que o Brasil sairá do Mapa da Fome até o fim de seu mandato em dezembro de 2026.

O presidente fez as declarações em reunião ministerial do G20, no Rio de Janeiro, para marcar o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O encontro aconteceu às margens de reunião dos ministros das Finanças e dos chefes dos bancos centrais do G20 na cidade, esta semana.

"Em pleno século 21, nada é tão absurdo e inaceitável quanto a persistência da fome e da pobreza, quando temos à disposição tanta abundância, tantos recursos científicos e tecnológicos e a revolução da inteligência artificial", disse Lula em seu discurso.

A ideia da aliança é assegurar que todas as nações estejam fora do Mapa da Fome até 2030, de acordo com os critérios da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês).

Após ter conseguido o feito em 2014 -- que é caracterizado por um índice de subnutrição da população abaixo de 2,5% por três anos seguidos -- o Brasil o perdeu em 2021, quando esse indicador avançou para 4,1%, e viu a situação piorar em 2022, quando subiu a 4,7%.

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No ano passado, segundo Lula, o Brasil retirou 24,4 milhões de pessoas da condição de insegurança alimentar severa, mas o país ainda tem mais de 8 milhões de pessoas nessa situação.

"Este é o compromisso mais urgente do meu governo: acabar com a fome no Brasil, como fizemos em 2014", disse Lula.

"Meu amigo diretor-geral da FAO, pode ir se preparando para anunciar em breve que o Brasil saiu novamente do Mapa da Fome."

A Aliança Global contra a Fome será lançada oficialmente em novembro, quando chefes de Estado se reunirão no Rio para a Cúpula do G20.

O evento desta quarta-feira abriu caminho para que países e instituições façam sua adesão à proposta, que busca reunir conhecimento, recursos e parcerias para combater a fome no mundo.

O governo brasileiro estima que poderá atrair a participação de mais de 100 países.

Antes da reunião desta quarta-feira, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, declarou o seu apoio à iniciativa durante um encontro bilateral com Lula, informou o gabinete presidencial.

O chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, disse no evento que, juntamente com o Banco Africano de Desenvolvimento, o BID apoiará a aliança com um instrumento financeiro inovador, que viabiliza a canalização de parte das reservas dos países junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a bancos multilaterais de desenvolvimento, para apoiar a nova Aliança Global contra a Fome.

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