Luciane Barbosa: 'nunca fui conhecida como a dama do tráfico'
Esposa de líder do Comando Vermelho no Amazonas refuta ligação com facção criminosa
Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, líder do Comando Vermelho no Amazonas, negou veementemente qualquer envolvimento com a facção criminosa. Em coletiva realizada hoje à tarde, Luciane, que preside a ILA (Associação Instituto Liberdade do Amazonas), afirmou que nunca foi conhecida como a "dama do tráfico" e que sua presença no Ministério da Justiça este ano ocorreu na qualidade de presidente da instituição, não como esposa de um líder criminoso.
"Estava lá [no Ministério da Justiça] como presidente da instituição, levando um dossiê referente às mazelas do sistema prisional. O meu trabalho na instituição é levantar denúncias dos familiares sobre o sistema carcerário", destacou Luciane Farias.
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Ela esclareceu que nunca teve encontros com o ministro da Justiça, Flávio Dino, durante suas visitas ao prédio da pasta e que em nenhum momento informou ser casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, condenado a mais de 30 anos por associação para o tráfico, organização criminosa, lavagem de dinheiro e processos por homicídio.
Luciane, investigada por associação ao tráfico, enfatizou que foi absolvida em 1ª instância, argumentando: "Não ficou comprovado que eu fazia parte de organização criminosa. Não sou faccionada, sou esposa do Clemilson. Meu esposo está preso, pagando pelo erro dele. Nunca levantei bandeira defendendo o crime. Mas defendo a Constituição."
Ela também defendeu sua participação nas reuniões em Brasília, afirmando: "Eu não estava impedida de entrar em lugar nenhum, sou cidadã e tenho direito de ir e vir." O Ministério da Justiça confirmou que Luciane foi recebida por secretários, esclarecendo que ela integrava uma comitiva de advogados e que a presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes.
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