Justiça requer de imagens de UPA após paciente morrer à espera de atendimento
A Prefeitura do Rio de Janeiro prazo de 48 horas para cumprir a determinação
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, na pessoa da juíza Elisangela Belote Mareto, da 57ª Vara do Trabalho, determinou nesta quinta-feira (19/12) que a Prefeitura do Rio de Janeiro entregue as imagens do circuito interno da UPA da Cidade de Deus, local onde o garçom José Augusto Mota Silva faleceu enquanto aguardava atendimento.
A decisão liminar atende a um pedido do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Município do Rio (SATEMRJ), que representa os 20 profissionais de saúde que estavam de plantão no dia da morte do paciente e foram demitidos pela Prefeitura.
A juíza estipulou o prazo de 48 horas para que o município cumpra a determinação, sob pena de multa diária de R$ 200 em caso de descumprimento.
VEJA MAIS
Entenda o caso
O paciente José Augusto Mota Silva, de 32 anos, morreu na noite da última sexta-feira (13/12) à espera de atendimento na UPA da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Testemunhas disseram que o homem chegou à unidade se queixando de fortes dores. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirmou o caso.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o homem sentando com a cabeça inclinada para a esquerda. Uma pessoa da UPA se aproxima dele, que não reage. Em seguida, José é colocado na maca por um funcionário.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio informou que o incidente ocorreu de forma muito rápida. O paciente chegou lúcido e andando à unidade, acompanhado por uma pessoa que não permaneceu no local. Após a classificação de risco, às 20h30, ele foi encaminhado para a área de espera de atendimento e encontrado desacordado poucos minutos depois. Levado à Sala Vermelha, José Augusto sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal para determinar a causa do óbito.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA