Justiça do Ceará aceita ação judicial movida em nome de cão vítima de maus-tratos
Ação movida pelo deputado federal Célio Studart pede R$ 7 mil de indenização por danos morais e materiais
A Justiça do Ceará aceitou, na última terça-feira (8), uma ação inédita movida em nome do cachorro Scooby, um poodle de 14 anos resgatado em março deste ano após sofrer maus-tratos na capital cearense. A ação, impetrada pelo advogado e deputado federal Célio Studart (PSD), foi acolhida pela 38ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza.
Scooby foi encontrado em condições extremas de negligência no bairro Praia de Iracema. De acordo com a Polícia Civil, o animal estava sem acesso à água e comida, mantido em ambiente insalubre e com cerca de 3 kg de pelos e sujeira acumulados. O resgate ocorreu no dia 27 de março e contou com apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da ONG Sociedade Protetora Ambiental (SPA) e da Secretaria Estadual de Proteção Animal.
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A responsável pelos maus-tratos, Antonia Lucilene Oliveira de Souza, de 47 anos, foi presa em flagrante, mas liberada posteriormente, sendo proibida de se aproximar do animal. Agora, ela é ré na ação movida por Studart, que pede R$ 7 mil de indenização por danos morais e materiais, valor que será integralmente destinado ao tratamento e bem-estar do cão.
Após o resgate, Scooby foi encaminhado para a ONG Anjos da Proteção Animal (APA), onde permanece sob cuidados médicos. A organização relatou que o cão chegou à clínica em estado crítico, apresentando anemia, miíase, nódulos de sangue e infestação por moscas varejeiras. O processo de recuperação incluiu a retirada completa dos pelos, que durou dois dias, e exames médicos ainda em andamento.
“O amor se torna concreto quando é colocado em prática. O nosso coração dispara ao vê-lo assim, vencemos a primeira fase, agora avançaremos para a segunda fase que envolverá exames. Ele ainda não está completamente recuperado e permanecerá na clínica sob monitoramento”, disse a ONG em publicação.
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