Jovem é morto pela polícia após ferir duas pessoas e fazer família refém

Alexsandro Lima Felinto Bezerra teve um surto psicótico e atacou dois vizinhos com uma faca antes de manter a mãe a avó reféns dentro do apartamento em que moravam

O Liberal

Um jovem de 20 anos foi morto por policiais militares após um surto psicótico na noite da última quinta-feira (2). O caso aconteceu em um prédio residencial na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. Antes de ser atingido pelos PMs, o rapaz havia  atacado seus vizinhos e feito a mãe e a avó reféns dentro do apartamento em que moravam.

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De acordo com o relatório policial, Carlos Abraham Paulichelis Ferreira estava conversando com outras três pessoas perto da piscina quando, subitamente, atacou com uma faca dois moradores do condomínio, Alexsandro Lima Felinto Bezerra, de 19 anos, e Célio Teixeira de Carvalho, de 48 anos.

Policiais do 18º Batalhão foram chamados para atender a ocorrência e ao chegar no prédio foram informados que Carlos havia agredido duas pessoas e que tinha transtornos cognitivos. Após o ataque, o rapaz subiu para o apartamento em que morava com a mãe, a professora Alessandra Scaramucci, 53 anos, e a avó, Maria Cifú, 87. 

Já no andar em que a família residia, os policiais foram direto ao apartamento. Assim que tocaram a campainha e a porta se abriu, foram recebidos por Carlos armado com uma faca e vestindo um capacete e um colete de proteção. "Ele gritava muito e, transtornado, tentou a todo momento atacar a guarnição com a faca", disse um trecho do relatório policial.

Durante a abordagem, Carlos acabou ferindo a mão do sargento Cristiano de Jesus Martins, o que fez com que a polícia pedisse reforços do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Inicialmente, os agentes tentaram usar munições não-letais, como tasers e balas de borracha, mas não conseguiram controlar o jovem. Como último recurso, ele acabou sendo baleado com munição letal e recebeu pelo menos cinco tiros.

Somente após esse recurso os PMs conseguiram resgatar Alessandra e sua mãe, Maria, que acabou sofrendo um golpe de faca em uma das pernas e também foi atingida por um disparo de arma de fogo. Carlos chegou a ser levado ao Hospital Vila Penteado, na mesma região, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e morreu. A avó de Carlos, internada na mesma unidade de saúde que o neto, ficou em observação e foi liberada. Os vizinhos esfaqueados também foram medicados e liberados, da mesma forma que o sargento ferido na mão.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como tentativa de homicídio e encaminhado ao Departamento Estadual de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). 

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