Internos são encontrados amarrados em segunda clínica de pastor em GO
Algumas vítimas relataram que sofriam agressões físicas e que eram soltas duas vezes ao dia, apenas para as refeições
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) resgatou nesta quinta-feira (31) 43 pessoas que estavam sido mantidas em condições insalubres - e até presas - em uma chácara em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana. O caso vem à tona dois dias após a PCGO ter descoberto que 50 pessoas estavam sendo mantidas em cárcere privado e sofriam sessões de abusos e tortura em uma clínica clandestina no estado. Os dois estabelecimentos pertencem ao mesmo dono.
Nesse segundo local descoberto, as pessoas – a maioria com deficiência intelectual – eram trancadas com cadeados e algumas chegavam a ser amarradas. Segundo o delegado responsável pela investigação do caso, Manoel Vanderic, os suspeitos Ângelo Máio Klaus Júnior e Suelen Amaral Klaus tiveram a prisão preventiva decretada. Até então, apenas a mulher foi presa. O homem é considerado foragido.
Local com condições insalubres
Segundo a polícia, assim como a primeira clínica, o segundo local apresentava condições insalubres, com a presença de alimentos vencidos e medicações sedativas que eram aplicadas nos pacientes sem receita médica ou qualquer orientação de um profissional da área.
Os internos que conseguem se comunicar relataram agressões físicas e disseram que eram soltos duas vezes ao dia, apenas para as refeições.
(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo sob supervisão da editora de OLiberal.com, Ádna Figueira)
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