Polícia investiga clínica clandestina que torturava 50 pacientes e os mantinha em cárcere privado
As vítimas têm idades entre 14 e 96 anos, incluindo pessoas autistas; vítimas foram encontradas desnutridas e com machucados
A Polícia Civil de Goiás resgatou, na última terça-feira (29), 50 pessoas que estavam sendo mantidas em cárcere privado e sofriam sessões de abusos e tortura em uma clínica clandestina. As vítimas são homens de idade entre 14 e 96 anos, incluindo pessoas autistas, usuários de cadeira de rodas e com transtornos mentais.
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Segundo informações iniciais, os pacientes eram trancados em um ambiente sujo e tinham alimentação precária, assim como não recebiam medicamentos nem visitas de médicos.
As vítimas teriam sido levadas de forma ilegal e involuntária ao local, sob pagamento de mensalidade de, no mínimo, um salário mínimo. Eles foram resgatados com ferimentos graves, desnutrição e confusão mental relacionada a sedação, sendo necessário atendimento médico de urgência.
Responsabilização
Seis pessoas foram presas em flagrante, entre eles um casal proprietário da clínica. As outras quatro pessoas são funcionárias do local que praticavam as sessões de tortura, na tentativa de contê-los.
Eles responderão pelos crimes de tortura e cárcere privado qualificado.
Vítimas
Os pacientes foram acolhidos pelos serviços de saúde mental e assistência social da prefeitura de Anápolis, onde receberam os primeiros socorros, medicações e alimentação. Eles também foram acomodados em um estádio da cidade, onde foi montada uma força-tarefa para ajudá-los.
Os servidores municipais realizaram a identificação das vítimas e tentam localizar familiares. Alguns precisaram de hospitalização e foram resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com
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