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Igreja evangélica é denunciada por racismo após proibir 'penteado afro' aos fiéis

Além do cabelo afro, a Igreja Pentecostal Deus é Amor proibiu os fiéis de usarem certos tipos de roupa e acessórios

Bruno Menezes | Especial para O Liberal
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Após compartilhar um comunicado com uma série de regras aos seus fiéis, a Igreja Pentecostal Deus é Amor de São Paulo foi acusada de racismo por proibir o uso de penteados afro. O documento oficial da igreja foi enviado no dia 3 de dezembro proibia, além do cabelo afro, diversos acessórios e peças de roupa. De acordo com o texto, os evangélicos que não obedecessem, seriam impedidos de congregar na igreja.

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De acordo o texto da igreja, as proibições se fazem necessárias para inibir o “sensualismo” nos fiéis. Dessa forma "não será mais tolerado o uso de roupas justas, curtas, sensuais, transparentes, rachadas, decotadas, bem como, o uso de maquiagens, pintura nos olhos, cílios postiços, sobrancelhas de henna, pintura nas unhas, o corte de cabelo para as mulheres, o uso de calça comprida e saltos altos. Aos homens é proibido manterem a barba por fazer, assim como o penteado afro e o uso de calças coladas ao corpo", diz o texto.

Assim que tomou conhecimento do caso, o Movimento Negro Evangélico protocolou uma notícia crime junto ao Ministério de São Paulo, que aceitou a denúncia e confirmou o encaminhamento para o Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi).

A repercussão do caso fez a igreja derrubar a proibição dos penteados afro. Em um comunicado enviado ao jornal O Globo, a direção da congregação disse que "repudia todo e qualquer ato de discriminação" e que apura as "circunstâncias" sobre a divulgação do comunicado que, segundo a nota, "não representa os valores cristãos defendidos pela igreja".

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