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Homem doa rim ‘idêntico’ ao irmão mais velho em caso raro no interior de São Paulo

Compatibilidade idêntica ocorre em menos de 30% dos casos, segundo os especialistas

O Liberal
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A história dos irmãos Luiz Fernando Sturaro, de 36 anos, e Lucas Sturaro, 31 anos, moradores do município de Sumaré (SP) ganhou repercussão na internet devido a um caso incomum de compatibilidade genética. Luiz Fernando é renal crônico desde a infância e recebeu um rim doado pelo irmão em novembro do ano passado. O órgão transplantado é considerado “idêntico”, o que ocorre apenas em cerca de 25% a 30% dos casos, segundo os especialistas. As informações são do portal G1.

O transplante de rim com esse nível de compatibilidade garante mais vida ao órgão e diminui as chances de complicações. Isso porque se reduz a ingestão de remédios que diminuem as defesas imunológicas contra agressões de agentes externos e contra o rim transplantado. Dessa forma, a probabilidade de rejeição do órgão pelo organismo é muito menor.

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Com um ano e meio, Luiz Fernando precisou retirar um dos rins e, desde então, toma medicamentos. Ao longo dos anos, ele desenvolveu outras doenças, como diabetes, colesterol, anemia e pressão alta; e a cerca de um ano a situação piorou e o paciente precisou se submeter a tratamentos de hemodiálise de três a quatro vezes por semana.

"Eu fui fazendo hemodiálise sem muitas esperanças, porque não é fácil encontrar um doador e eu não queria prejudicar ninguém. Fui passando por isso sozinho. E aí, acho que ele viu meu sofrimento e correu atrás pra saber se poderia me doar o rim, mas eu não sabia de nada", conta Luiz, que não sabia que o irmão Lucas tentava ajuda-lo.

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"Quando soube que podia dar essa esperança para ele, não tive dúvidas. Nunca tive. O meu medo era não ser compatível. Eu estava com o queijo e a faca na mão e esperei cerca de 15 dias para saber se podia cortar o queijo", relata Lucas divulgou um vídeo do transplante bem sucedido no Instagram no dia 7 de dezembro. A publicação ganhou repercussão e já conta com cerca de 1 milhão de visualizações.

"Só quem passa a situação para entender, mas mudou muito a nossa relação", afirma Luiz Fernando, que acrescenta: "Sempre nos demos bem, mas nunca estivemos muito próximos. Depois do transplante, tudo mudou porque tem uma parte dele em mim".

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"Foi uma alegria muito grande, em momento algum eu sequer tive dúvidas disso. Oferecer para o meu irmão a possibilidade de viver de verdade, de ter uma relação mais próxima, acabou sendo um presente para nós dois", pontua Lucas.

Com a melhora na saúde, Luiz Fernando Sturaro já faz planos para ajudar outras pessoas atuando como bombeiro solidário. "É uma nova oportunidade, é incrível porque só o transplante reduziu em mais de 30% os meus incômodos. Eu sou outra pessoa. É um sonho, receber mais um pouco de vida, ter mais tempo aqui na terra para viver. Eu vivia inseguro, com medo, sempre tomando remédio. A doença era uma prisão", afirma.

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