Golpe do Falso Parente: o que é, como se proteger e denunciar
Golpes pelas redes sociais estão cada vez mais frequentes e podem causar grandes danos emocionais e financeiros nas vítimas
O aumento da conectividade e o advento das redes sociais permitem um acesso cada vez maior a informações, mas, também ampliam as possibilidades de aplicação de golpes virtuais. Cada vez mais frequentes, eles têm um amplo alcance e podem causar grandes danos emocionais e financeiros nas vítimas. Um dos mais recentes é o "Golpe do Falso Parente", que acontece quando os criminosos assumem identidades falsas para pedir dinheiro via PIX.
Nesta semana, três pessoas foram presas durante a operação “Fake Numbers”, deflagrada pela Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECC) da Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados por Meios Cibernéticos (DCEP).
VEJA MAIS
A operação cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão nos municípios de Santos e São Vicente, no estado de São Paulo. O objetivo foi dar cumprimento a mandados de prisão preventiva e busca e apreensão relacionados à investigação sobre esses golpes. Para saber mais, veja como funciona esse crime e como se prevenir.
Como é o Golpe do falso parente?
O crime conhecido como “Golpe do Falso Parente” ocorre quando os criminosos conseguem a foto e os números de telefone de familiares e amigos da vítima, por meio de pesquisas e rastreamento nas redes sociais, e depois entram em contato com essas pessoas solicitando quantias em dinheiro em nome de uma determinada pessoa.
As justificativas para solicitar dinheiro são as mais diversas. Eles podem se passar por um filho que precisa efetuar um pagamento ou um familiar que precisa fazer uma transferência ou pagar uma conta com urgência, mas está com dificuldade de acessar a conta bancária naquele momento.
Qual a forma de atuação mais comum desses criminosos?
Nas investigações, que iniciaram ainda no ano de 2021 pela DECC, foi descoberto que o grupo criminoso dividia funções entre seus membros, sendo um primeiro grupo responsável pela parte operacional, obtendo os dados das vítimas e habilitando os chips de celular utilizados na fraude para enviar as mensagens falsas, e um segundo, responsável por agenciar pessoas e conseguir contas bancárias e chaves PIX de “laranjas", as quais eram repassadas às vítimas para o recebimento dos valores do golpe.
Há ainda um terceiro grupo, formado por "laranjas", que emprestavam suas contas bancárias e dados pessoais para os criminosos receberem os valores dos golpes, mediante uma porcentagem das transações, que variavam entre 10% e 15% do valor depositado em suas contas.
VEJA MAIS
Como prevenir o golpe do falso parente?
Existem diversas formas de evitar esse tipo de golpe, como proteger o WhatsApp contra clonagens por meio da ativação em duas etapas; foto visível apenas para os contatos e jamais compartilhar códigos de segurança. Além disso, ao ser abordado por um perfil conhecido, mas com número estranho, desconfie. Solicite uma ligação ou chamada de vídeo para confirmar a identidade.
Como denunciar o golpe do falso parente?
Se você foi vítima desse tipo de crime ou similares, a denúncia pode ser feita pelo Disque Denúncia 181, ou presencialmente, na sede da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos, que fica localizada na Avenida Pedro Miranda, 2.288, bairro da Pedreira, em Belém.
Walter Resende, delegado geral da Polícia Civil do Pará, destaca que é "extremamente importante que as vítimas registrem as ocorrências nas unidades para que os casos possam ser devidamente apurados pelas equipes policiais e os responsáveis penalizados pelos crimes". Com informações do portal Agência Pará.
(*Estagiária Karoline Caldeira, sob supervisão da editora de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA