Funcionários do Aeroporto de Guarulhos, em SP, são alvos de megaoperação da PF
Estão sendo cumpridos 23 mandados de prisão preventiva, além de 24 mandados de busca e apreensão. Operação busca combater o tráfico internacional de drogas
Uma megaoperação de combate ao tráfico internacional de drogas deflagrada pela Polícia Federal, nesta terça-feira (19), tem entre os alvos funcionários terceirizados que trabalham no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Estão sendo cumpridos 23 mandados de prisão preventiva e 24 mandados de busca e apreensão, na capital paulista, em Sorocaba, Praia Grande, Guarulhos e também em Portugal. As informações são do G1 São Paulo.
Os mandados de prisão alcançam ao menos 18 pessoas que trabalham no aeroporto. De acordo com as investigações, que já duram um ano e dois meses, eles atuavam na área de pista do aeroporto e com os carrinhos que dão acesso à aeronave, e colocavam as malas com as drogas direto no porão do avião, escapando da fiscalização e do raio-X da polícia.
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Durante a investigação, foram apreendidos 880 kg de cocaína em nove operações, sendo três no aeroporto de Guarulhos, duas em Lisboa (Portugal), uma em Frankfurt (Alemanha) e três em Amsterdam (Holanda), com prisões efetuadas em Frankfurt e Lisboa.
Até o momento, pelo menos 14 pessoas já foram presas durante a operação deflagrada nesta terça.
Entre os alvos da operação estão também os dois principais traficantes de drogas que aliciavam os funcionários e chefiavam o envio de cocaína do Brasil para a Europa por meio do terminal. Um deles está em Portugal, segundo a PF. Por isso, foi solicitada a inclusão do nome dele na lista da difusão vermelha da Interpol, a polícia internacional.
Os dois principais alvos são traficantes ligados à facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e eram monitorados pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF, com sede na Lapa.
Já as buscas ocorrem em 24 endereços. A Justiça determinou também o bloqueio de R$ 53 milhões em bens dos envolvidos, como dinheiro em conta, imóveis, veículos e aplicações financeiras.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, com penas previstas que variam de 10 a 25 anos de prisão.
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