Flordelis é finalista em concurso de cantoras do sistema prisional; veja se ela venceu!
Mais de 150 detentas participaram do projeto de ressocialização promovido pela Seap-RJ.
Três detentas foram eleitas como as melhores vozes do sistema prisional do Rio de Janeiro por meio de um projeto de reinserção social. Ao todo, 17 mulheres chegaram até a final do Concurso Voz da Liberdade, que teve mais de 150 inscritas de sete presídios do estado.
A pastora e ex-deputada Flordelis, de 63 anos, presa pela morte do seu marido, o pastor Anderson do Carmo, foi uma das 17 finalistas, mas não conseguiu se classificar para a última apresentação. Flordelis está presa no presídio Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, cumprindo pena de 50 anos e 28 dias pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada.
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Ressocialização
As finalistas apresentaram no palco uma diversidade de estilos musicais, como MPB, axé, pop, samba, sertanejo e louvores. Foram classificadas ao pódio Cassiane, que ficou em primeiro lugar, seguida por Dessirée e Rayane, que descreveram a conquista como uma experiência de "visibilidade e pertencimento".
A segunda edição do evento foi realizada no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira. O júri era formado pela secretária da Seap, Maria Rosa Nebel, jornalistas, representantes do setor cultural e outros convidados, além de uma plateia formada por mulheres privadas de liberdade e convidados.
Dentre as 150 participantes, o concurso, promovido pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (Seap-RJ) por meio da Coordenação de Unidades Prisionais Femininas e Cidadania LGBT (COFEMCI), teve a participação de 21 mulheres trans.
"O Concurso Voz da Liberdade tem como principal objetivo mostrar para a sociedade que, para além das penas que essas presas cumprem em função dos crimes que cometeram, há mulheres em recuperação, com grande talento, que podem e querem muito deixar a vida do crime para trás e um dia voltar a contribuir positivamente para a sociedade e suas famílias", afirma a secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel, ao g1, sobre o projeto de ressocialização.
(*Gabriel Bentes, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de oliberal.com)
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