Empresário e ex-reality Oscar Maroni, fundador do Bahamas, está doente e em casa de repouso
Ele participou da sétima temporada do reality show A Fazenda.
Oscar Maroni, 73, fundador do Bahamas Hotel Club, em Moema, zona sul de São Paulo, se afastou dos negócios. A mudança de vida do empresário não ocorreu por vontade própria, mas sim por questões de saúde.
Atualmente em uma casa de repouso, são os filhos Aratã, 38, e Aruã, 42, que agora cuidam dos negócios. Os irmãos já tinham perdido a mãe para um câncer em 2021. "Foi muito rápido", conta Aratã.
"Meu pai está com Alzheimer e com nível de demência 2 [quando há dificuldade de falar e resolver tarefas simples], está incapacitado. Ele sempre foi uma pessoa complicada: muito ativo, muito inteligente, sempre com o pé no acelerador. Depois do diagnóstico, a gente começa a perceber que os sinais já estavam ali há algum tempo, o próprio médico falou", disse Aratã Maroni.
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O diagnóstico veio no final de 2023, mas antes disso, Oscar já tinha alguns sintomas da doença, o que tornaram difícil a relação entre pai e filhos. Os irmãos decidiram se afastar dos negócios da família após desentendimentos.
"Fiquei completamente fora dos negócios por dois anos. Fui empreender com a minha esposa abrindo uma escola de oratória", diz Aratã. O mesmo aconteceu com Aruã, que deixou a administração do Bahamas no ano passado. "Estava muito confuso e insustentável", completa.
Aratã explica que se afastou dos negócios, mas não de sua família e que assim que percebeu que as coisas não estavam indo bem com o pai, tentou ajudar.
"Os sintomas começaram a aparecer há uns cinco anos. Dava para perceber que meu pai, um homem que veio do nada, e que construiu tudo isso, não conseguia mais tomar decisões, coordenar uma reunião. Ele sempre foi uma pessoa difícil e como você vai falar para alguém que fez tudo o que ele fez que agora está errado?", conta Aratã Maroni.
Em 2023, a saúde de Oscar piorou muito e segundo os filhos, ele não podia mais nem dirigir. "Ele tomava só decisões erradas e começou a bagunçar a empresa inteira. Meu pai não aceitava ter uma cuidadora, não queria ninguém em casa com ele", relembra Aratã.
Para não deixá-lo sozinho, os irmãos começaram a se revezar para ficar na casa do pai. "Os últimos seis meses de 2023 foram bem complicados e minha esposa estava grávida. Até que um dia ele tomou um tombo, teve um coágulo na cabeça, precisou passar por uma cirurgia e ficou uma semana na UTI", lembra o filho mais novo.
Depois do episódio, os irmãos exigiram que o pai fizesse acompanhamento médico com um neurologista. Foi quando veio o diagnóstico de Alzheimer. Ele está em uma casa de repouso desde então. "Hoje, a gente tem a responsabilidade moral e legal de cuidar do patrimônio dele", diz Aratã.
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