Deputados do Amazonas mudam nome da castanha-do-Pará para castanha-da-Amazônia e querem unificação

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) aprovou o Projeto de Lei nº 913/2024, de autoria do deputado estadual Sinésio Campos (PT), que altera oficialmente a denominação da tradicional castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa) para castanha-da-Amazônia, no Amazonas.

A justificativa do deputado é a busca valorizar a identidade amazônica do produto e fortalecer sua cadeia produtiva ao nível regional, nacional e internacional. “A produção da castanha não se restringe ao Pará, como o nome sugere. Ela é amplamente cultivada em vários estados amazônicos, incluindo o Amazonas, que tem aumentado sua participação na produção nacional. Essa mudança reconhece a Amazônia como um todo e fortalece a marca do produto no mercado nacional e internacional”, afirmou o deputado.

VEJA MAIS

Aprovado pelos parlamentares, o projeto segue agora para sanção do governador Wilson Lima, que é paraense, mas vive no Amazonas há décadas. Caso seja sancionada, a nova legislação entra em vigor imediatamente, exigindo adaptações por parte do setor produtivo e comercial do estado.

Próximo passo: unificação regional?

Além da mudança no Amazonas, o deputado Sinésio Campos pretende apresentar a proposta ao Parlamento Amazônico, colegiado que reúne 270 deputados estaduais dos nove estados da Amazônia Legal. A intenção é construir um consenso para a adoção do termo “castanha-da-Amazônia” em toda a região, reforçando uma identidade coletiva amazônica e criando uma marca mais unificada e forte para fins comerciais e institucionais.

Deputado estadual Sinésio Campos, responsável pela proposta que foi aprovada na Aleam. (Foto: Hudson Fonseca / Aleam)

“É uma forma de respeitar a diversidade produtiva da Amazônia e de dar visibilidade ao papel que outros estados, como o Amazonas, vêm desempenhando na consolidação da castanha como um produto estratégico e sustentável da nossa região”, reforçou o parlamentar em entrevista à assessoria da Aleam.

O que muda na prática?

Com a nova lei, todos os produtos derivados da castanha produzidos no Amazonas deverão utilizar oficialmente a denominação “castanha-da-Amazônia”. Além da mudança no nome, o texto também incentiva a rastreabilidade do produto, a certificação de origem e o uso da nova nomenclatura em exportações e campanhas publicitárias, tanto no Brasil quanto no exterior.

E você, internauta, o que acha?