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Corpo de bebê que teria sido incinerado por engano estava em geladeira

Corpo do recém-nascido foi entregue para a família e sepultado na tarde de segunda (28)

Com informações do G1
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Após a dor de perder um filho e o imbróglio envolvendo o desaparecimento do corpo dele, que foi dado como incinerado por engano pela Secretaria de Saúde de Aparecida, em Goiânia, o corpo de Rogério Cardoso de Almeida Filho foi entregue para a família e sepultado na tarde de segunda-feira (28), no Cemitério Jardim da Esperança, em Aparecida. No mesmo período, segundo o G1, a polícia começou a ouvir os funcionários da empresa Resíduo Zero Ambiental, responsável pela coleta dos resíduos do hospital e envolvidos no caso.

Rogério Cardoso de Almeida Filho nasceu na tarde de quinta-feira (24), na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. O bebê viveu por cerca de 12 horas e morreu ainda no hospital.

De acordo com a família, depois que conseguiram todos os trâmites necessários para enterrar o recém-nascido, chegaram à maternidade com o serviço funerário, mas o corpo havia desaparecido.

Após mais de um dia sem saber onde o corpo do filho estava, os pais receberam a notícia de que ele havia sido incinerado por engano. No entanto, nesta segunda-feira, a Secretaria de Saúde disse que achou o corpo ainda nas dependências da empresa responsável pela coleta de resíduos biológicos.

Além disso, a secretaria também admitiu que o corpo foi acondicionado em um local fora do indicado - em uma geladeira junto com placentas e resíduos. Fotos feitas pela perícia mostram o eletrodoméstico usado para este fim.

Isso porque, conforme a instituição, a unidade de saúde estava superlotada e a sala usada para guardar o corpo até a chegada da funerária estava ocupada para a realização de atendimentos.

Caso

De acordo com o G1, no sábado (26), a empresa havia dito que "não viola o resíduo hospitalar recolhido de seus clientes, que é armazenado em depósito específico de responsabilidade de cada hospital". Segundo a Secretaria de Saúde, "o corpo do recém-nascido estava devidamente identificado, acondicionado em refrigeração, quando foi recolhido de forma equivocada pela empresa, que informou erroneamente à Administração da Secretaria que já havia incinerado o material".

De acordo com o delegado que investiga o caso, o dono da empresa foi ouvido na manhã de segunda e reforçou o que dizia a nota divulgada no final de semana: que eles não têm autorização para abrir os sacos de resíduos, por isso não sabiam o que estava dentro.

Segundo a polícia, ainda há dúvida sobre o tipo de crime cometido, mas houve um erro e ele será identificado. “É o mínimo que a gente pode fazer por esse casal, nem imagino a dor que eles estão sentindo. O tipo do crime vai depender muito da motivação. Um ilícito civil e administrativo com certeza ocorreu. A família pode solicitar uma indenização por danos morais, por exemplo”, explicou.

“Vou pedir que eles façam também uma perícia, se possível, para apurar se houve algum erro médico que possa ter contribuído para a morte dele, por exemplo. Eles vão lá mais tarde para reconhecer o corpo e vamos tomar as providências para o enterro”, disse o advogado da família, Rubens Barbosa. Segundo ele, todos estão muito abalados com toda a situação e estão preferindo não falar.

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