Cinco bebês morrem em menos de uma semana em hospital de Cuiabá após infecção por 'superbactéria'
Segundo Secretaria Estadual de Saúde os pacientes chegaram no hospital por meio de outras unidades de saúde, já infectados pela bactéria multirresistente
Em menos de uma semana, entre os dias 16 e 21 de fevereiro, o Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, registrou a morte de cinco bebês infectados pela superbactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC). Segundo a secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), os cinco pacientes chegaram ao hospital por meio de outras unidades de saúde, já infectados pela bactéria multirresistente. Não foi informado, porém, de quais unidades de saúde as crianças foram transferidas.
Na Santa Casa, todas elas estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, que atende recém-nascidos e bebês nos primeiros meses de vida. A SES explicou que para receber os pacientes, o Hospital Estadual realizou exame protocolar de cultura de vigilância para determinação do tipo de leito, isolamento de contato e proteção. "O exame identificou a existência da infecção. A infecção não foi o motivo da internação. A infecção pela bactéria só foi identificada no momento em que os pacientes deram entrada no hospital”, disse.
De acordo com Estado, as infecções deveriam ter sido identificadas e tratadas antes, quando os pacientes ainda eram assistidos por outras unidades de saúde. Quando eles deram entrada na Santa Casa, a situação já era considerada grave.
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Equipes da Vigilância do estado e do município, do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram notificadas para auxiliar no processo de contenção da infecção.
Pertencente a um grupo de bactérias "multirresistentes" – conhecidas popularmente como "superbactérias" - a KPC é Imune a maior parte dos antibióticos comuns e precisa ser enfrentada com remédios muito mais fortes.
Infecções causadas por ela são mais comuns em hospitais. Nas unidades de saúde, a propagação acontece principalmente no contato com fluidos do paciente infectado, como por meio de sondas e cateteres.
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