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Caso Vitória: adolescente não sofreu violência sexual e foi morta com três facadas, diz laudo do IML

Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro, após sair do trabalho em um shopping e pegar um ônibus a caminho de casa

O Liberal

A investigação sobre o desaparecimento e assassinato de Vitória Regina de Sousa, adolescente de 17 anos, trouxe novos detalhes com a conclusão do laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML). 

De acordo com o relatório, Vitória não sofreu violência sexual, mas foi morta com três facadas: uma no tórax, uma no pescoço e uma no rosto. A perícia também observou que a presença de álcool no sangue da vítima poderia indicar "um processo de fermentação característico da putrefação" do corpo, mais do que um sinal de intoxicação.

Vitória desapareceu na noite de 26 de fevereiro, após sair do trabalho em um shopping e pegar um ônibus a caminho de casa, em Cajamar, na Grande São Paulo. Seu corpo foi encontrado em 5 de março, em uma área de mata, nu e com a cabeça raspada. A arma do crime não foi localizada.

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Suspeitos 

Maicol Sales dos Santos é o principal suspeito do crime e foi detido em 8 de março. A polícia acredita que Maicol, morador do mesmo bairro de Vitória, tenha sequestrado e matado a adolescente por vingança, agindo sozinho. Ele já teria sido identificado por policiais como um stalker, alguém que perseguia e monitorava obsessivamente Vitória.

A perícia no celular de Maicol revelou que ele visualizou uma foto postada por Vitória no ponto de ônibus pouco antes do desaparecimento dela, o que pode indicar que ele a interceptou durante o trajeto até sua casa. Além disso, uma testemunha relatou ter visto o carro de Maicol próximo ao ponto final de ônibus onde Vitória desembarcou, e um fio de cabelo encontrado no veículo está sendo analisado para determinar se pertence à vítima.

Outros dois homens estão sendo investigados, incluindo o ex-namorado de Vitória, que mentiu sobre o contato com a jovem na noite do desaparecimento, e um terceiro suspeito, cuja filmagem de um ponto de ônibus onde Vitória passava está sendo analisada pela perícia.

Registros 

Câmeras de segurança captaram o momento em que Vitória deixou o shopping, e ela enviou mensagens de áudio para uma amiga, dizendo estar com medo de dois rapazes que entraram com ela no ônibus. Mais tarde, ela relatou a uma amiga sobre um assédio por dois outros rapazes enquanto caminhava por uma estrada de terra, mas não foi mais vista depois disso.

A polícia segue investigando as circunstâncias do crime, trabalhando com a possibilidade de que mais de uma pessoa tenha estado envolvida na morte de Vitória. O corpo da vítima foi enterrado em 6 de março, após um velório que comoveu a cidade.

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