Veja dicas do que é necessário para ter um aquário em casa

Especialistas apontam quais os cuidados simples que garantem a beleza do ecossistema subaquático 

Maiza Santos

A fascinação por peixes e o hobby de criá-los dentro da própria casa tem crescido em Belém. Seja em tanques ou em aquários, os adeptos dessa prática, que são denominados ‘aquaristas’, montam um ecossistema aquático com a presença de diversos animais. Proporcionando indiscutível beleza e leveza ao ambiente, ter um aquário com vários peixinhos demanda alguns cuidados simples para garantir maior expectativa de vida do pequeno animal e também do equipamento.

Dentro do aquário podem coexistir diversas criaturas. Mas para que elas consigam se manter saudáveis, a pessoa que pretende ter um aquário precisa entender que é necessário ter atenção. Conforme Luciano Almeida Costa, gerente da loja voltada ao aquarismo no bairro de São Brás, esse selo é uma das primeiras lições para quem quer aderir ao aquarismo.

“A gente tem que pensar no aquário sempre como um mini ecossistema, então é uma vida que vai acontecer ali. Eu exemplifico como se fosse uma casa… eu tenho um terreno, então eu não posso comprar diversos itens e enfiar lá, já que essa casa não tá pronta e não tem como morar. Então, o aquarismo é da mesma forma e tem conquistado cada vez mais pessoas aqui em Belém. Eu tenho que ter a caixa de vidro e a partir daí a gente faz a parte química que envolve teste de amônia, teste de PH, colônia de bactéria para criar esse ecossistema dentro do aquário. Com isso chega a fase de criar o ecossistema. Só então se deve introduzir os peixes, seja água doce ou água salgada”, afirma.

image Luciano Almeida Costa é gerente de loja voltada ao aquarismo em Belém. (Foto: Thiago Gomes / O Liberal)

Para montar um primeiro aquário é necessário entender a diferença entre os seres de água salgada e doce, pois ocorre um processo de cuidado diferente para ambos. A escolha do tipo de água influencia nos peixes que poderão ser colocados lá e também nos itens de decoração, pois um aquário não é composto apenas por peixes. Luciano Costa informa ser possível incluir algas e corais em um aquário marinho, mas em modelos de água doce tem como incluir uma série de plantas variadas e troncos. “Água doce tem uma gama muito ampla de peixe, assim como na água salgada. Só que na água-marinha (salgada) tem a possibilidade de ter cavalos-marinhos e peixes com cores mais vibrantes. Porém, as duas são tranquilas para a criação dos peixes”, diz.

Dicas para ter um aquário

Quem busca iniciar no aquarismo, deve saber que a iluminação é primordial no ambiente. Mas é preciso utilizar os itens adequados, que proporcionem um nível de luminosidade ideal.

“A iluminação para aquário de água salgada é específica. Ela tem uma intensidade de luz maior e específica para os corais. Eu não posso pegar uma iluminação qualquer e colocar, principalmente se quero ter corais. Senão, ela não vai conseguir alcançar o objetivo. Tudo que nós pudermos pegar de características que possam reproduzir aquilo que acontece na natureza para eles é bacana. Você vai fazer com que eles se desenvolvam, tenham uma resposta melhor. Por exemplo, tem iluminação que reproduz relâmpago e trovões”, explica Luciano Costa.

image Peixes nadando dentro de aquário de tamanho médio (Foto: Thiago Gomes / O Liberal)

Escolha dos peixes

Existe peixe de PH ácido e existe PH alcalino. Quando escolher um peixe de PH ácido, há uma quantidade muito grande de espécie. Mas a questão do convívio também precisa de atenção, já que eles podem se alimentar um do outro, se forem de espécies distintas. Segundo o técnico de aquários Yuri Diovanny Moraes Garcia, há ainda os peixes ‘bravos’, que precisam de atenção ao ser colocados em cardume.

“A questão de convívio… tem uns peixes que são meio bravos, meio brigões, e tem outros que são mais pacíficos. O ideal é a pessoa chegar na loja e perguntar sobre o comportamento do peixe e não somente pela beleza”, explica.

image Yuri Diovanny Moraes Garcia é técnico em aquários (Foto: Thiago Gomes / O Liberal)

Para que o peixinho viva mais, é necessário se atentar ao local onde ele está, ver as condições desse ambiente. Mas algumas doenças comuns nos peixinhos também podem levá-los à morte prematura. Apesar disso, quando bem cuidados, os peixes duram vários anos. O peixe-dourado pode viver até 10 anos quando colocado em um aquário adequado para as suas necessidades. Os betas, por outro lado, possuem expectativa de vida entre 3 e 5 anos. E as carpas são campeãs, chegando a até 100 anos de vida.

No momento de escolher as espécies de peixes mais adequadas para o aquário é preciso atentar às necessidades e preferências pessoais, considerar o tipo de aquário, disponibilidade para manutenção e cuidados. As espécies mais simples são:

Kinguio: o peixinho dourado tradicional, que é um dos mais utilizados em aquários de diferentes tipos. Eles são bonitos, divertidos e de fácil manutenção. Mas é preciso intensificar a limpeza do aquário para se ter um ambiente saudável.

Dojô: Essa é uma espécie que atrai a atenção dos aquaristas principalmente por ser fácil de cuidar. Eles ainda ajudam a manter o aquário limpo porque estão sempre removendo as sujeiras do fundo. Eles devem ser criados em cardume e com espécies compatíveis.

Mato Grosso: espécie tipicamente brasileira que é muito rápida e colorida. Ele é fácil de cuidar e se dá muito bem com outras espécies de peixes.

Tetra Neon: É muito adaptável a ambientes diversos e costuma viver em cardumes. Se adapta bem à vida junto de outras espécies de peixes tropicais.

Acará Bandeira: Tem uma aparência exótica e bastante interessante. Se assemelha a uma bandeira. O ideal é criar esse peixinho em cardumes com pelo menos cinco espécies. É um pouco agressivo, então necessita de espaço.

image Peixes em aquário de loja, prontos para serem comercializados (Foto: Thiago Gomes / O Liberal)

Como ter um peixe em casa?

Segundo Yuri Diovanny Garcia, o ideal é se atentar ao filtro. “O filtro para um aquário é muito importante, depois vem a manutenção, mas isso também vai depender do tipo de aquário, pois os menores podem ser cuidados pela própria pessoa. O ideal é a manutenção a cada 15 dias. Trocar os condicionadores da água e demais componentes químicos que influenciam no ciclo biológico do ambiente aquático. Todos os produtos necessários estão disponíveis em lojas do ramo e não tem segredo para usar. Sobre a alimentação, o ideal é ter rações específicas para cada tipo de peixe”, aponta o aquarista.

Aquário em Belém

Atualmente, em Belém, dentro do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) está o Aquário Jacques Huber, o mais antigo aquário público do Brasil. O espaço ajuda a divulgar informações sobre cerca de 40 espécies de peixes e répteis de água doce. Entre as espécies disponíveis estão peixes amazônicos de grande importância cultural, a exemplo da arraia e do poraquê (peixe-elétrico), além de espécies de serpentes, lagartos e o Mata-mata no terrário.

O funcionamento do local é de quarta-feira a domingo, de 9h às 13h. A visitação do Aquário Jacques Huber se dá na aquisição de ingresso para o Parque Zoobotânico no valor de R$ 3. Estudantes têm direito à meia-entrada mediante a apresentação de Carteira de Identificação Estudantil. Jovens de baixa renda também têm direito à meia-entrada com a apresentação da Identidade Jovem, acompanhada de documento de identificação com foto. A entrada é gratuita para crianças com idade até 12 anos incompletos, pessoas com mais de 60 anos e pessoas com deficiência.Profissionais da educação têm direito a 50% de desconto no valor do ingresso.


Dicas para montar um aquário em casa

  1. Adiquirir um aquário conforme o gosto
  2. Colocar areia ou cascalho no fundo
  3. Instalar equipamentos técnicos, como filtros e iluminação
  4. colocar a química na água para o desenvolvimento dos ecosistema  
  5. Colocar os elementos decorativos
  6. Colocar as plantas
  7. Depois das semanas de teste, colocar os peixes
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Belém
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